A escova de dentes é muito mais do que um simples objeto de higiene: ela é um verdadeiro ecossistema de micróbios.
De acordo com pesquisas, entre 1 a 12 milhões de bactérias, fungos e vírus podem ser encontrados nas cerdas da escova, formando biofilmes que se alimentam de restos de saliva, células da pele e partículas de alimentos.
A maior parte desses micróbios são inofensivos e faz parte da flora oral natural, contribuindo para a proteção contra cáries e outros problemas dentários. No entanto, algumas bactérias nocivas também podem se alojar nas escovas de dentes, incluindo Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa, que são associadas a infecções hospitalares e gastrointestinais. Para além disso, leveduras do género Candida, responsáveis pela candidíase oral, também foram encontradas em escovas de dentes.
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Apesar de parecer um cenário preocupante, os especialistas garantem que o risco de adoecer através da escova de dentes é relativamente baixo. A maioria dos micróbios intestinais, por exemplo, não sobrevive muito tempo fora do corpo humano. Contudo, vírus como o da gripe, o coronavírus e o herpes simplex-1 podem permanecer ativos nas cerdas por até 48 horas, o que justifica a recomendação de não partilhar escovas de dentes, avança o site Olhar Digital.
Para manter a sua escova limpa e minimizar os riscos, os especialistas sugerem alguns cuidados simples, mas eficazes. Em primeiro lugar, deve deixar a escova secar ao ar, na posição vertical e sem cobrir a cabeça, pois o calor e a humidade favorecem a proliferação de microrganismos. Além disso, é importante mantê-la afastada do vaso sanitário e sempre fechar a tampa antes de dar descarga, de modo a evitar a contaminação por aerossóis.
Deve também substituir a escova a cada três meses ou antes, se as cerdas estiverem desgastadas.
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