Coimbra

A sério! Quando é que param com a brincadeira?

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 09-06-2014

O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, afirmou hoje, durante a sessão do executivo municipal, que “o Governo não está a encarar de forma sustentada, séria e válida” o projeto Metro Mondego (MM).

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O Governo, em representação do Estado, que é acionista maioritário da MM, decidiu suspender a última assembleia-geral da empresa, no dia 29 de maio, adiando a discussão e votação do plano de atividades para 2014, disse o autarca, considerando que a atitude indicia que “o Governo não quer prosseguir” com a obra.

“Este bloqueio às propostas que apresentamos começa a ser preocupante”, sustentou Manuel Machado, mas ressalvando, irónico, que o Governo não tenha tido “tempo para estudar” as propostas dos municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.

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As câmaras de Coimbra, Lousã e Miranda – concelhos servidos até 2009 pela ferrovia da Lousã, que foi desativada para a instalação do metropolitano ligeiro de superfície (MM) –, são acionistas da empresa MM, detendo 42% do capital social (14% cada um).

“Teremos de encontrar soluções para ultrapassar estes bloqueios” do Governo ao funcionamento da empresa e reativação do projeto, alertou Manuel Machado.

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O presidente da Câmara revelou que, entretanto, deu instruções aos respetivos serviços técnicos do município para elaborarem com a maior brevidade possível o projeto de execução da via central, artéria que servirá para o metropolitano atravessar a Baixa histórica da cidade (onde já foram efetuadas, para o efeito, demolições, processo que envolveu, até 2011, custos superiores a 14 milhões de euros).

“Não podemos continuar muito mais tempo na expectativa”, sublinhou o presidente da Câmara.

O projeto MM, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo ‘tram-train’ – com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais – na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas, mas entretanto interrompidas, e onde foram investidos mais de 140 milhões de euros.

Além do Estado (53%) e daqueles três municípios, também são acionistas da empresa MM, a Refer (Rede Ferroviária Nacional) e a CP (Comboios de Portugal), com 5% do capital social (2,5% cada).

 

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