Região
“A nossa missão está longe de terminar”. Teixeira Veríssimo assume segundo mandato com promessas fortes

Teve lugar esta sexta-feira, 27 de junho, no Convento de São Francisco, em Coimbra, a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos dirigentes da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), eleitos para o quadriénio 2025-2029.
´O presidente reeleito é o Manuel Teixeira Veríssimo, que inicia agora o seu segundo mandato à frente da estrutura regional.
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Na sua intervenção, o médico começou por destacar a continuidade da equipa que o acompanha neste novo ciclo, sublinhando a coesão e o compromisso com os desafios da saúde.
“A equipa que agora vai tomar posse é, na sua essência, a mesma que iniciou funções há dois anos. Somos uma equipa unida e motivada para continuar a dar o nosso contributo à causa da defesa da qualidade da saúde que é prestada à população”, afirmou.
O presidente da SRCOM reconheceu o trabalho desenvolvido no mandato anterior, mas reforçou a ambição de fazer mais:
“Temos a noção de, no último mandato, termos feito o nosso melhor, embora não tudo o que queríamos. Por isso, aqui estamos com a vontade de fazer mais e melhor”, referiu, elencando projetos a aperfeiçoar, concluir e iniciar.
Sob o lema “Ser médico hoje, um desafio para o futuro”, o dirigente destacou os grandes eixos do programa para os próximos quatro anos: a defesa da qualidade da saúde, da formação médica, das carreiras médicas, a promoção do bem-estar dos profissionais, o reforço da liderança médica e a criação de uma nova sede com residencial para médicos em formação.
Entre os compromissos assumidos, salientam-se: “Acompanhamento regular das instituições de saúde da Zona Centro”, para garantir o bom exercício da medicina; Promoção da qualidade da formação médica, considerada essencial para enfrentar uma Medicina cada vez mais exigente; Revitalização das carreiras médicas, cuja desestruturação contribuiu para a degradação do SNS; Promoção da liderança médica, alertando que os médicos têm perdido espaço na condução das instituições; Apoio aos médicos em situações de burnout e vulnerabilidade, bem como a criação de uma estrutura residencial e sistema de apoio domiciliário.
Presente na cerimónia, o bastonário da Ordem dos Médicos considerou esta reeleição como uma confirmação do bom trabalho desenvolvido.
“É a confirmação de um bom trabalho, de um caminho certo, de um caminho de representação dos médicos, mas sobretudo de defesa da qualidade dos cuidados de saúde e do Serviço Nacional de Saúde”, declarou.
Carlos Cortes alertou, contudo, para os desafios que se colocam nos próximos anos, num mandato que agora será mais longo:
“Passamos de três para mais de quatro anos, o que permitirá a concretização de projetos e uma resposta mais estruturada aos desafios”, acrescentou.
O bastonário realçou ainda a coesão e proximidade entre os órgãos regionais e nacionais da Ordem:
“Trabalhamos verdadeiramente em equipa. Estivemos coesos na valorização dos médicos, na defesa de uma nova carreira médica e na avaliação do desempenho do Governo na área da saúde”, frisou, lamentando, no entanto, a ausência de medidas estruturais ao longo dos últimos anos.
“A incapacidade da tutela para tomar decisões fundamentais tem agravado problemas como a saída de médicos do SNS e a dificuldade em atrair novos profissionais. Urge agir com coragem”, alertou Carlos Cortes.
Entre os projetos nacionais em curso, o bastonário destacou o lançamento do Fórum “Um Rumo para a Saúde”, que irá reunir profissionais de saúde, decisores políticos e outros agentes do setor para refletir e propor soluções concretas.
“No final, será elaborado um documento com propostas, a ser entregue à Assembleia da República e ao Governo. É urgente definir um verdadeiro rumo para os cuidados de saúde em Portugal”, concluiu.
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