O frequente paupérrimo discurso político dos dois maiores partidos portugueses fez “saltar a tampa”, este sábado, ao dirigente socialista e ex-governante Luís Parreirão.
Num fórum por ele partilhado com camaradas, o também antigo presidente da Associação Académica de Coimbra desabafa acerca de tempos de antena do PS e do PSD.
PUBLICIDADE
“Ambos [os tempos de antena] são produzidos numa idolatria antidemocrática a Pedro Nuno Santos e a Luís Montenegro e na negação da vontade colectiva dos partidos políticos”, escreveu o jurista e gestor.
Acresce, segundo o ponto de vista expresso, que “os conteúdos dos tempos de atena são adequados a atrasados mentais ou, pelo menos, a retardados [mentais]…”.
“Sem receio de exagerar”, o antigo membro dos governos de António Guterres conclui que os conteúdos de alguns tempos de antena são “uma ofensa aos portugueses e à sua (…) maioridade eleitoral”.
Num registo semelhante, o professor universitário e ex-ministro Miguel Poiares Maduro (PSD) escreveu, na penúltima edição do semanário Expresso, lamentar que os debates não sirvam para discutir ideias.
“Os candidatos não são escrutinados, mas pontuados”, adverte Maduro, em cujo ponto de vista o panorama reinante tem a ver com “aquilo em que a política se transformou”.
PUBLICIDADE