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A história do presépio que começou no lar dos Caetano e que conquista Miranda do Corvo
O emblemático presépio da Junta de Freguesia de Miranda do Corvo está novamente aberto ao público e, este ano, apresenta-se maior e mais detalhado do que nunca.
A obra, que ocupa cerca de 50 m² e integra aproximadamente 400 figuras, é da autoria de Lídio Caetano, cuja paixão pelos presépios atravessa gerações.
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A tradição começou com o pai de Lídio, que construía pequenos presépios em casa, com poucos bonecos e decorações modestas. Ano após ano, ia acrescentando novos elementos, e os filhos depressa herdaram o entusiasmo. Com a emigração, a prática foi interrompida, mas, após regressar a Portugal e já casado, Lídio recuperou o gosto pela arte e voltou a dedicar-se à construção de presépios — primeiro no jardim da sua casa, onde rapidamente atraía vizinhos e curiosos, explica a Junta de Freguesia.
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O reconhecimento crescente levou a um convite da Comissão de Festas da Pereira, permitindo que o presépio ganhasse novas dimensões e fosse apreciado por um público maior. Com mais ajudantes e espaço, Lídio começou a mecanizar pequenas construções e a introduzir detalhes animados, enriquecendo a experiência visual. A pandemia obrigou a uma pausa no contacto com o público, mas o regresso deu-se por convite do anterior presidente da Junta de Freguesia para o Mercadinho de Natal — convite que foi renovado este ano pela atual presidência.
O presépio deste ano inclui 29 poceiros de musgo, mais 8 de reforço, além de plantas envasadas e ramos de árvores que ajudam a criar paisagens realistas. Todo o processo — desde recolher materiais até montar cascatas, montes, caminhos e cenas em movimento — demorou 12 dias de trabalho intensivo, descreve.
A obra pode ser visitada no Mercado Municipal de Miranda do Corvo, com entrada gratuita. As visitas realizam-se mediante inscrição telefónica através do número 919 799 825, sendo também possível entrar livremente às quartas-feiras de manhã, dia de mercado na vila.
Um presépio que preserva a memória familiar, a dedicação artesanal e o espírito comunitário — e que, mais uma vez, promete ser um dos pontos altos do Natal em Miranda do Corvo.
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