Decorreu na tarde deste domingo, 11 de maio, em Coimbra, a apresentação oficial da candidatura “Construir o Futuro” aos órgãos sociais da Associação Académica de Coimbra / OAF, marcadas para o próximo dia 1 de junho.
A lista é encabeçada por Joaquim Reis, médico dentista de 52 anos, que assume o compromisso de “recuperar a identidade e ambição” do clube, atualmente num dos períodos mais delicados da sua história, tanto a nível desportivo como financeiro.
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“A Académica está desportivamente no ponto mais baixo da sua história”, começou por afirmar Joaquim Reis. “O que pretendo é trazer um projeto que tenha sustentabilidade e que nos permita não só sair da Liga 3 e voltar a campeonatos profissionais, mas também regressar ao primeiro patamar, que é onde a Académica merece estar por direito próprio.”
A candidatura assenta em três pilares principais: unidade interna, sustentabilidade financeira e aposta na formação.
Um dos temas centrais da apresentação foi a possível transformação da AAC/OAF numa SAD “Sociedade Anónima Desportiva”.
“Gostaria que o modelo societário se mantivesse como está, mas infelizmente é uma ilusão achar que assim conseguiremos atingir os nossos objetivos”, reconheceu o candidato.
No entanto, garantiu que o clube manterá sempre a maioria do capital. “Está absolutamente fora de questão alienar mais do que a minoria do capital. A Académica terá pelo menos 51%, de certeza absoluta.”
Joaquim Reis sublinhou que este processo será sempre feito “respeitando o protocolo em vigor com a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra”, assegurando que “não há entraves à constituição de uma SAD, desde que se cumpra esse acordo”.
Durante a campanha, a lista “Construir o Futuro” promete apresentar os potenciais parceiros empresariais que estarão disponíveis para integrar o projeto.
“Já tive diversas conversas com empresários de Coimbra e da Região de Coimbra. Há disponibilidade e vontade de ajudar. Mas não podemos ficar sentados à espera que nos entrem pela porta adentro. Temos de ser nós a sair da zona de conforto e ir à procura das empresas.”
Reaproximar o clube da cidade é outro dos objetivos centrais. “Muito se diz que a cidade está afastada da Académica. Isso começa pela forma como lidamos com as instituições e com a sociedade. Se queremos construir o futuro, precisamos construir pontes”, disse. “Não defendo unanimismos, mas sim a convergência na diferença.”
Na componente desportiva, o candidato recusa prometer subidas imediatas. “Não vou prometer uma subida já no próximo ano. Mas a ambição tem de voltar a fazer parte da nossa cultura. Temos de acabar com esta cultura de derrota que se instalou.”
Sobre a formação, o Joaquim Reis destaca a sua importância estratégica. “A formação tem de deixar de ser vista como uma despesa. É um investimento. Se não formarmos os nossos, outros o farão e levarão com eles o futuro que era nosso.”
A equipa que acompanha Joaquim Reis inclui Nuno Teodósio Oliveira (Mesa da Assembleia Geral), Daniel Taborda (Conselho Fiscal), Maria José Vicente (Conselho Académico), José Belo (Provedor do Sócio), Guilherme Ribeiro (Mandatário da Juventude) e Jaime Dória Cortesão (Mandatário da Candidatura).
“A Académica é uma causa, uma marca de enorme valor, uma das mais valiosas do país. É tempo de agir com a seriedade, ambição e profissionalismo que esse estatuto exige”, concluiu Joaquim Reis.
Recorde-se que há três listas às eleições de 1 de junho.
A candidatura “Seremos de Novo Briosa” liderada por Rui Sá Frias foi apresentada oficialmente na segunda-feira, 5 de maio.
Já Fernando Lopes, consultor empresarial de 50 anos, apresenta-se com o lema “Ser Académica”, assumindo o compromisso de devolver ao clube o protagonismo, o orgulho e a vitalidade que fazem parte da sua identidade.
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