Após uma refeição farta, é comum sentir que não conseguimos comer mais, mas de alguma forma sempre encontramos espaço para a sobremesa. Este fenômeno não é apenas psicológico, mas tem explicações científicas.
O estômago humano é flexível e pode expandir-se para acomodar mais alimentos, especialmente quando se trata de alimentos mais leves e fáceis de digerir, como sobremesas. Alimentos doces, por exemplo, exigem pouca digestão mecânica, permitindo que o estômago relaxe e crie espaço para mais.
Além disso, o desejo por doces está fortemente ligado ao cérebro, mais especificamente ao sistema de recompensa. O prazer que sentimos ao comer alimentos açucarados ativa a produção de dopamina, o que reduz a sensação de saciedade e nos impulsiona a comer mais, mesmo quando já estamos satisfeitos.
Outro fator é a “saciedade sensorial específica”. À medida que comemos, a nossa resposta ao sabor diminui, tornando a comida menos atraente. A introdução de um sabor diferente, como o doce da sobremesa, renova essa motivação para comer, despertando novamente o desejo, escreve o site ZAP.
O tempo também é importante, já que as hormonas que nos dizem que estamos satisfeitos não reagem de imediato. Muitas vezes, as pessoas já tomaram a decisão de comer sobremesa antes mesmo que o cérebro tenha sinalizado a verdadeira saciedade.
Além dos processos biológicos, o condicionamento social tem seu papel. Sobremesas são associadas a celebrações e momentos de prazer, reforçando o desejo de comer algo doce, principalmente em ambientes sociais e festivos.
Portanto, quando alguém afirma que já está cheio mas ainda consegue comer sobremesa, não está a contradizer-se – está a responder a uma resposta natural e até encantadora do corpo humano.
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