A cera de ouvido, uma substância aparentemente simples e muitas vezes negligenciada, está a ser cada vez mais reconhecida como um marcador importante para várias condições de saúde.
Estudos recentes têm mostrado que a cor, o cheiro e a textura da secreção podem ser indicativos precoces de doenças graves, como Parkinson e até mesmo cancro.
De acordo com a Cleveland Clinic, a cera de ouvido pode variar de amarelo-claro a castanho-âmbar, escurecendo à medida que acumula sujeira e bactérias. No entanto, diferentes tonalidades podem sinalizar problemas de saúde: cera verde pode ser um sinal de infeção, enquanto cera preta pode indicar obstrução, e cera castanha com riscas vermelhas pode sugerir uma lesão no canal auditivo, com possível ruptura do tímpano, caso venha acompanhada de secreção.
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Além da cor, o cheiro da cera também tem revelado pistas importantes. Estudos indicam que um cheiro adocicado pode ser indicativo da rara doença genética conhecida como doença da urina em xarope de ácer, uma condição potencialmente fatal que pode ser detectada em recém-nascidos, avança o site ZAP.
Já odores almiscarados têm sido associados à doença de Parkinson, com investigações recentes sugerindo que a análise do cheiro da cera de ouvido pode identificar a doença com até 94% de precisão.
Esse avanço abre portas para futuros testes não invasivos, que poderiam revolucionar a forma como doenças graves são diagnosticadas e monitoradas.
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