Fundado em 1927, o café “A Brasileira” tornou-se um dos espaços de tertúlia mais emblemáticos de Coimbra, reunindo durante décadas figuras marcantes da intelectualidade local.
Situado na Rua Ferreira Borges, próximo do Largo da Portagem, o café foi frequentado por jornalistas como Albano da Rocha Pato e José Carlos de Vasconcelos (ainda estudante), pelo advogado antifascista Alberto Vilaça e por professores catedráticos da Universidade de Coimbra, entre eles Paulo Quintela, Vitorino Nemésio e Abílio Hernandez.
Conta a história que intelectuais como Miguel Torga e Paulo Quintela frequentavam o café e, por vezes, pediam vinho branco servido em chávena para não chocar as fidalgas mais conservadoras, numa tradição curiosa da época.
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Durante os anos 40 e 50, “A Brasileira” destacou-se pelo seu salão de chá e pelos pastéis produzidos numa fábrica própria, tornando-se num ponto de encontro cultural de referência, dá conta a Turismo Centro de Portugal.
Nos anos 90, foi o último café da cidade a servir exclusivamente o tradicional “café de saco”.
A primeira Brasileira a inaugurar foi no Porto, na Rua Sá da Bandeira, em sociedade com outros dois proprietários. Dois anos mais tarde, em 1905, foi a vez da de Lisboa, num local onde até então funcionava uma camisaria.
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