Faz hoje, 30 de outubro, 71 anos da inauguração da Ponte de Santa Clara, em Coimbra. Uma infraestrutura que veio facilitar a travessia pedonal e de carro.
Outrora existiram outras pontes, porém, o tráfego foi aumentando e foram necessárias intervenções ao longo dos séculos que acompanhassem a evolução do crescimento urbano e populacional.
Durante séculos, a travessia do rio era uma tarefa complicada, ou se fazia por vaus (passagens a pé por águas rasas) ou por barcas ou balsas. Tendo esta situação em conta, era urgente a construção de uma ponte que ligasse a Alta de Coimbra à margem esquerda do rio Mondego, onde já se situava o Convento de Santa-Clara-a-Velha.
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Antes da ponte atual, Coimbra contou com várias soluções para atravessar o Mondego. A mais marcante foi a ponte manuelina, mandada reedificar por D. Manuel I em 1513, com cerca de 24 arcos em pedra. Serviu a cidade durante séculos, até ser demolida em 1873, quando se ergueu a Ponte de Ferro, inaugurada em 1875. Embora representasse um avanço técnico e estético para a época, esta estrutura rapidamente se revelou insuficiente para o tráfego crescente e para as novas exigências de mobilidade da cidade, sendo demasiado estreita para permitir o cruzamento fácil de veículos em sentido oposto.
A necessidade de uma travessia mais segura e funcional levou, em 1951, ao início da construção da nova Ponte de Santa Clara, projetada pelos engenheiros Edgar Cardoso e António Franco de Abreu. Feita em betão armado e inaugurada a 30 de outubro de 1954, a nova ponte era três vezes mais larga do que a anterior e dispunha de quatro faixas de rodagem, refletindo a modernidade e a ambição da época. Desde então, a Ponte de Santa Clara tornou-se um dos símbolos de Coimbra, unindo as duas margens do Mondego e permanecendo até hoje como um eixo fundamental da vida urbana da cidade.
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