Um caso em Coimbra está a causar indignação entre pais e alunos da EB23 Alice Gouveia.
Carla Jesus e Tatiana Correia, mães de crianças do estabelecimento de ensino, denunciaram episódios de assédio, agressão e omissão de auxílio que afetam os filhos e outros alunos.
Carla Jesus explicou que a filha, de 10 anos, foi alvo de “apalpões” no recreio por um colega mais velho, do sétimo ano. A mãe descreveu o impacto emocional da situação: “Ela desatou a chorar, muito nervosa. Foi pedir o papel para fazer a participação, tinha testemunhas e colegas a apoiar. Mas a direção inicialmente não quis aceitar a queixa.”
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Tatiana Correia relatou ainda que o filho foi ameaçado pelo mesmo grupo de alunos: “Quando chegou à hora de sair, estavam aqui 10 a 15 meninos, prontos para o agredir. Liguei à polícia e fui acompanhar a situação. O meu filho sofreu contusões nas costas e no braço, e foi necessário encaminhamento médico.”
Ambas as mães criticam a resposta insuficiente da escola, afirmando que os filhos não receberam apoio adequado e que a direção demorou a intervir: “A direção não enviou o meu filho para a enfermaria, nem tentou ligar-me. Foi preciso eu intervir para garantir a segurança dele”, explicou Carla.
“Depois de uma semana, continuam a ‘avaliar’ a situação. Entretanto, as crianças continuam a sofrer violência dentro da escola”, acrescentou Tatiana.
O caso envolve assédio no recreio, ameaças verbais, agressões físicas e omissão de auxílio, segundo os relatos das mães, que também destacam a preocupação com a reincidência do grupo de alunos. Ambas defendem que medidas urgentes devem ser tomadas: “Não podemos calar-nos. Ninguém vai tirar os filhos por os protegerem. Fomos nós que lhes transmitimos bons valores”, afirmou Carla Jesus.
A situação motivou a intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) e uma queixa formal à escola. Até ao momento, o agrupamento escolar respondeu que as medidas estavam a ser avaliadas, mas não há ainda uma solução concreta para proteger os alunos.
O Notícias de Coimbra já enviou questões à direção da escola, e está a aguardar respostas oficiais sobre as medidas disciplinares e preventivas que serão implementadas para garantir a segurança de todas as crianças.
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