Um novo estudo científico publicado no final de junho na revista PLOS One revela que o leite de camelo pode reduzir significativamente a gravidade da asma alérgica, especialmente a desencadeada por ácaros do pó – um dos principais gatilhos da doença.
A investigação foi conduzida em ratos expostos a ácaros domésticos (HDM), conhecidos por provocar reações alérgicas severas em indivíduos asmáticos. Os resultados surpreenderam os investigadores: o leite de camelo não só reduziu a hiperresponsividade das vias respiratórias como também diminuiu o número de células imunitárias nos pulmões, incluindo eosinófilos e células T auxiliares (Th2 e Th17), que estão fortemente ligadas à inflamação e aos sintomas de asma.
Além disso, o leite de camelo reduziu a produção de citocinas inflamatórias e suprimiu a atividade da proteína sinalizadora CCL17, que atrai células T para os locais de inflamação.
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Este tipo de leite já é conhecido pelas suas propriedades terapêuticas: contém mais minerais, vitaminas e antioxidantes do que o leite de vaca, além de imunoglobulina G (IgG), cuja deficiência está frequentemente associada a pacientes asmáticos.
Os investigadores alertam, contudo, que são ainda necessários ensaios clínicos em humanos para confirmar a eficácia e segurança do leite de camelo como tratamento ou medida preventiva para a asma.
Embora promissor, o leite de camelo ainda não pode ser considerado um tratamento oficial, mas este estudo reforça o interesse crescente da comunidade científica nas terapias naturais com base em evidências.
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