O panorama “nada otimista” coube à antiga secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro.
Na sessão de abertura da mesa-redonda “Mulheres e Participação Cívica”, promovida pela Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra em Miranda do Corvo, a socióloga lembrou que tem havido uma variação positiva, mas o ano de 2024 mudou esse paradigma.
A coordenadora do Grupo de Ação Local do Projeto FEMACT-Cities recordou que “já vemos algumas mulheres assumirem lugares de liderança e de destaque, mas o panorama não é espetacular”. Por exemplo, “na média europeia a participação política de mulheres não alcança ainda os 40%”.
“Em quase 100 concelhos, nestas autárquicas, não havia uma única candidata à presidência. A lei é importante, mas existe um fenómeno em torno do qual nós temos de começar a pensar, e que na literatura se designa como o paradoxo das cotas”, afirmou.
Aliás, a antiga governante reconheceu que “o espaço do poder local é o mais difícil para a implementação e efetivação da legislação de paridade”. Tudo porque, ao contrário “de outro tipo de eleições, há menor escrutínio, há menor capacidade de intervenção e de decisão das estruturas centrais dos partidos”.
Veja o Direto NDC com Rosa Monteiro
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