Saúde

Descobre compressa na vagina do tamanho de uma “bola de golfe” após o parto

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 10 meses atrás em 28-06-2023

Uma mulher deu à luz no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. No entanto, semanas após o parto os profissionais esqueceram-se de retirar uma compressa “superior a uma bola de golfe” da vagina.

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O caso foi revelado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), na terça-feira, 27 de junho, numa das várias deliberações feitas por esta entidade durante o primeiro trimestre de 2023.

De acordo com a mesma, a utente queixa-se de ter sentido “bastante desconforto” no pós-parto, algo que pensava estar relacionado com os “pontos”.  Foi tomando analgésicos, os que lhe tinham sido receitados, “de forma ininterrupta”, durante duas semanas.

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Passaram 15 dias e o desconforto teimava em persistir. A mulher decidiu marcar uma consulta com a médica que a acompanhou durante a gravidez, que também exerce funções no Santa Maria. Dias depois, foi vista por uma ginecologista que, ao observar-lhe o períneo, encontrou uma compressa “do tamanho um pouco superior a uma bola de golfe”.

Após analisar os elementos apurados, a ERS concluiu que a conduta dos profissionais do hospital em causa foi, neste caso, “negligente e desrespeitadora”. Além disso, segundo a mesma deliberação, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), ao qual pertence o Hospital de Santa Maria, “não esclareceu”, quando questionado, “em que moldes é que é efetuada a ‘revisão vaginal após o parto’, nem tão pouco resulta dos autos que essa prática esteja vertida em procedimentos e regras escritas”, pode ler-se num artigo do Notícias ao Minuto.

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Perante a situação, a entidade de saúde emitiu uma “instrução” ao CHULN no sentido de garantir o respeito pelos “direitos e interesses legítimos dos utentes, nomeadamente, o direito aos cuidados adequados, tecnicamente mais corretos, com humanidade e prontidão”. Sublinha que é necessário que o centro hospitalar adote “procedimentos aptos a garantir que todos os instrumentos e/ou compressas” utilizados no decurso do trabalho de parto “são corretamente removidos, assegurando, a todo o momento, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados”.

Por fim, realça que as unidades hospitalares devem cumprir, em permanência, as regras da notificação de incidentes e eventos adversos, adotando procedimentos e/ou normas internas para a identificação, registo e comunicação de erros.

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