Coimbra

250 pessoas retiradas de casa em povoações de Montemor-o-Velho

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 21-12-2019

 250 pessoas retiradas de casa em povoações de Montemor-o-Velho

Montemor-o-Velho, Coimbra, 21 dez 2019 (Lusa) – Mais de 250 pessoas foram hoje retiradas de casa devido à subida das águas do rio Mondego em três povoações do concelho de Montemor-o-Velho, distrito de Coimbra, segundo fontes da autarquia e Proteção Civil municipal.

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De acordo com as mesmas fontes, devido à subida das águas, até às 14:00 foram retiradas de casa cerca de 200 pessoas das localidades de Formoselha e Santo Varão e outras 55 da povoação de Pereira, localizadas na margem esquerda do Mondego, junto ao rio.

A agência Lusa constatou a retirada de diversas pessoas de casas na localidade de Formoselha, como foi o caso de um idoso em cadeira de rodas, retirado com o apoio da GNR, ou uma mulher, levada para local seguro numa embarcação dos bombeiros, cuja casa situada junto aos campos agrícolas, mais perto do rio, tinha no interior mais de um metro de água, “já acima das mesas”, contou.

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Ouvido pela Lusa, o presidente da autarquia, Emílio Torrão, justificou a evacuação devido ao canal principal por onde o rio Mondego corre “estar dimensionado para um caudal de 2.000 metros cúbicos por segundo (m3/s) e em Montemor-o-Velho estar nos 2.400 m3/s”.

“Há um risco efetivo de transbordo e de rotura dos diques. E se um dique ruir, a água [do Mondego] na margem esquerda chega às casas numa questão de segundos”, avisou.

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A meio da manhã de hoje, em comunicado, o município de Montemor-o-Velho tinha alertado, “para a necessidade da evacuação, em caso de emergência, das zonas sensíveis inundáveis de Pereira, Santo Varão e Formoselha”, face à subida “crítica” do nível das águas.

Nestas localidades, as pessoas que não possam ser acolhidas em casa de familiares, estão a ser direcionadas para o Centro de Dia da Santa Casa da Misericórdia (Pereira), Centro Beira Mondego, em Santo Varão e Escola Primária de Formoselha, disse fonte da autarquia.

Outro aviso, publicado na página do município na rede social Facebook, alerta a população “das zonas baixas, historicamente sensíveis a cheias” da margem direita do Mondego – Carapinheira, Montemor-o-Velho, Meãs do Campo, Tentúgal e Ereira – “para tomarem medidas de prevenção e autoproteção devido à possibilidade de cheia”, embora se situem em local mais afastado do leito principal do rio do que as povoações da margem esquerda.

No aviso, o município apela a que os residentes destas localidades se mantenham calmos, vigilantes e transmitam “serenidade aos outros”, façam “uma lista e recolha os objetos importantes e necessários, nomeadamente documentos de identificação e medicamentos” e mudem o recheio da casa para os andares superiores “colocando os objetos de maior valor nos pontos mais altos”.

Face à dimensão nas inundações no Baixo Mondego, Emílio Torrão disse ainda que o ministério da Administração Interna (MAI), disponibilizou um helicóptero para avaliação dos prejuízos a partir do ar, estando previsto que a aeronave sobrevoe a região afetada, levando a bordo os autarcas de Montemor-o-Velho e Coimbra, o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) e um técnico da Agência Portuguesa do Ambiente.

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