Escolas

Bloco de Esquerda defende reabertura das escolas com outros procedimentos de isolamento

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 03-01-2022

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu hoje que as escolas devem reabrir com outros procedimentos de isolamento das turmas, para que o ano escolar possa prosseguir “com toda a normalidade”.

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Catarina Martins falava aos jornalistas no final de uma visita à Solidariedade Imigrante – Associação para a Defesa dos Direitos dos Imigrantes, em Lisboa, em que esteve acompanhada pelas deputadas do BE Beatriz Gomes Dias e Mariana Mortágua.

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Questionada se concorda com o recomeço das aulas em 10 de janeiro, hoje anunciado pelo Governo, a coordenadora do BE considerou que “a escola é muito importante para as crianças e para os jovens, a escola é segura, e as escolas fechadas são um problema para o desenvolvimento, para a saúde mental dos jovens e, portanto, devem abrir”.

“Essa tem sido a opinião dos especialistas. Nós acompanhamos essa opinião”, afirmou.

Segundo Catarina Martins, “num país em que a população tem aderido à vacinação, é importante conseguir com essa vacinação também voltar a uma normalidade nas escolas, que será não só a abertura das escolas, mas seguramente também outros procedimentos no que diz respeito ao isolamento das turmas, etc., para que o ano escolar possa andar com toda a normalidade”.

A coordenadora do BE ressalvou que isso deve ser feito “garantindo a segurança e a saúde de toda a gente na escola: alunos, professores e todos os trabalhadores da escola”.

“É essa expectativa que temos, que sejam feitas as melhores decisões para que a escola possa funcionar, reforçando aliás os meios das escolas”, acrescentou.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, deu hoje como certo o recomeço das aulas em 10 de janeiro, afastando a possibilidade de serem adiadas devido ao aumento de casos de covid-19 em Portugal.

Interrogada sobre as pessoas em isolamento por infeção com o vírus SARS-CoV-2 ou contacto de risco que poderão ficar impedidas de votar nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro, Catarina Martins respondeu que a lei permite que, com alguma antecedência, se possa pedir para o voto ser recolhido em casa, mas “quem fica em isolamento em cima do ato eleitoral acaba por não ter essa capacidade”.

No seu entender, esse “é um problema difícil de resolver, até para garantir que o voto é secreto, que o voto é livre, montar todo esse sistema não é fácil”.

“Não foi possível encontrar no parlamento a tempo para estas eleições uma outra solução. Devo dizer também que eu não conheço muitas soluções simples que simultaneamente garantissem que até ao último minuto pudessem pedir o voto em isolamento com as garantias de voto secreto, de voto livre, de voto sem pressão que também as eleições exigem”, referiu.

Catarina Martins manifestou a esperança de que, “com a combinação do trabalho que todas as autoridades farão, e nomeadamente as autarquias também, que dão aqui um grande apoio, e por outro lado a alteração até dos tempos de isolamento que a própria diretora-geral da Saúde já anunciou que iria fazer, se possa minorar esse problema e permitir que o ato eleitoral decorra da melhor maneira possível”.

“Julgo que tanto o Ministério da Administração Interna como as autarquias podem ter aqui um papel de fazer com que isto corra da melhor maneira possível. Não vale a pena fazermos de conta que não há nenhum obstáculo, porque ele existe, mas estou convicta de que temos condições para que corra da melhor forma”, reforçou.

Quanto à campanha do BE para as legislativas de 30 de janeiro, Catarina Martins assegurou que será adaptada “às necessidades da pandemia”, sem almoços nem jantares comício, como já aconteceu nas autárquicas de 2021, seguindo “as indicações de razoabilidade” da Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Conseguimos estar juntos com a normalidade que este tempo também permite. Temos uma população vacinada, que dá mais possibilidades ao país. É uma questão de adaptação, e é isso que faremos”, disse.

Em Portugal, desde março de 2020, já morreram 19 mil pessoas com covid-19 e foram contabilizados mais de um milhão e 400 mil casos de infeção com o coronavírus que provoca esta doença respiratória, segundo dados da DGS.

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