Coimbra

“Acolher refugiados em vilas ou cidades pequenas dá mais resultados que nos grandes centros urbanos”

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 28-05-2018

O acolhimento, integração e autonomização de refugiados em Portugal foram alguns dos temas em destaque no seminário“Refugiados: acolher, integrar e autonomizar”, da Fundação ADFP de Miranda do Corvo.

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Segundo a ADFP, deu para perceber que o acolhimento em vilas e cidades pequenas dá melhores resultados do que nos grandes centros urbanos. 

“Exemplo disso mesmo, a Fundação ADFP. É uma das 3 organizações nacionais (juntamente com o JSR, serviço jesuíta aos refugiados e o Centro Português de Refugiados) que mais pessoas refugiadas tem acolhido”, adianta.

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Dos 79 acolhidos em Penela e Miranda, 18 deixaram o país e migraram para outros países, o que significa 22%, uma percentagem muito reduzida, quando comparada com a média nacional, em que Portugal recebeu 1569 refugiados e destes mais de 40% têm migrado.

Com cerca de 13 painéis, o primeiro disse respeito às políticas nacionais e institucionais para a integração dos refugiados, com intervenções de Jaime Ramos, anfitrião, Isabel Salgado do SEF em representação do MAI (Ministro da Administração Interna que á última hora não pode comparecer), Ramiro Miranda, diretor do Centro Distrital de Coimbra, e o vereador Rui Godinho, em representação da Câmara Municipal.

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Jaime Ramos deu as boas vindas a todos os presentes, que enchiam o auditório do Hotel Parque, caraterizou a Fundação ADFP e o 1º e pioneiro projeto de acolhimento de refugiados fora de Lisboa, um projeto piloto com a Câmara Municipal de Penela, que todos reconheceram como exemplar, mesmo a nível internacional, no acolhimento, integração e autonomização.

Depois Isabel Salgado começou por salientar que “abrimos as portas a cerca de 1500 refugiados” para depois referir que “o processo está a correr bem” e elogiar o processo de acolhimento ocorrido na Fundação ADFP, enunciando o que o refugiado precisa: documentação para se sentir acolhido, tem de ter um cartão de refugiado com foto para sentir-se seguro.

Ramiro Miranda enfatizou também que “o cartãozinho é necessário e essencial na parte laboral e fiscal”. Finalmente, o vereador Rui Godinho pôs o foco no “bom trabalho que as IPSS têm feito, dando o exemplo “da integração social no concelho de Miranda”.

Durante o dia e meio de seminário passaram pela sala de conferências do Hotel Parque, os melhores especialistas na temática dos refugiados, que abordaram questões como “pode o desespero dar lugar à esperança?”, “Portugal estendeu os braços. E isso chega?”, “Crise! Oportunidade? E desafios da integração de refugiados na Europa”, um vídeo da deputada bloquista ao parlamento europeu, Marisa Matias, “Acolhimento e Integração”, “Transferência e entrada em Portugal”, o depoimento do deputado Duarte Marques, que visitou campos de refugiados na Síria e noutros países, “O diálogo inter-religioso” o perigo da radicalização, perspetivas?”, “O processo de integração, várias dimensões”, “Desafios à integração: casos de sucesso”, e “Políticas locais à integração de refugiados”.

Pelo auditório do Hotel Parque passaram nomes como Catarina Martins, 1º prémio de jornalismo Fernando Sousa, Teresa Tito de Morais, do Conselho Português para os Refugiados, Mário André, plataforma de apoio aos refugiados e Santa Casa da Misericórdia, Rita Maio do Serviço Jesuíta aos Refugiados, Marta Bronzin, da Organização Internacional das Migrações, Maria Emília Lisboa do SEF, Pedro Calado, alto comissariado para as migrações, Fabrizio Boscaglia, coordenador da linha de intervenção em herança e espiritualidade Islâmica, Elsa Pereira da Aliança Evangélica, Andreia Rodrigues, antropóloga, isto no dia 24, que culminou com a visita à exposição de pintura de Vítor Costa, “Emoções#6…da Figuração à Abstração Fugas, refugas, refugiados, refúgios, na sala de estar do hotel.

No dia 25, Adília Farinha, diretora do Centro de Emprego Pinhal Interior Norte, moderou o painel “Processo de integração: Várias dimensões”, com Ricardo Pocinho da ARS do Centro, Lina Varela da Direção Geral da Educação, António Pinto do IEFP, Nuno Sousa, do Instituto de Segurança Social.

Hugo Vaz da ADFP deu o testemunho da ADFP acerca dos “Desafios à integração: casos de sucesso”, o mesmo fazendo Manuela Sousa da Cruz Vermelha, enquanto João Lamas, da Espírito Santos e Lamas Lda., Marco Martins, da Luciano e Filhos Lda. e Glória Correia da Fundação, falaram da inclusão laboral, dando o exemplo de casos práticos bem-sucedidos entre os refugiados que contrataram. A última mesa trouxe o testemunho de Luís Matias, presidente da CM de Penela e Liliana Ribeiro, em representação do Presidente da CM da Batalha falaram das políticas locais à integração de refugiados. Ambos reportando o sucesso de tais políticas.

 

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