“Vai ser feito um balanço minucioso das negociações com o Governo que não estão a ter o resultado esperado”, disse à agência Lusa o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, adiantando que há “falta de respostas concretas”.
O mesmo responsável sublinhou que há um conjunto de situações acordadas com o Governo durante as negociações que não estão a ser cumpridas, o que justifica a reunião de urgência do conselho executivo da LBP.
Como exemplo, a LBP refere que o Governo aceitou a proposta para a criação de 120 Equipas de Intervenção Permanente (EIP) nos corpos de bombeiros, mas apenas anuncia 80.
A LBP refere também que o Governo se comprometeu a apresentar até 30 de março a diretiva operacional nacional, que estabelece os meios que integram o DECIF, e a respetiva diretiva financeira, documento que fixa o pagamento aos bombeiros voluntários, mas tal não aconteceu.
Jaime Marta Soares disse que o Governo se comprometeu igualmente a acolher no Sistema de Gestão de Operações (SGO) as propostas da LBP, o que também não aconteceu.
A revisão do SGO, publicada em Diário da República na terça-feira, define as funções, responsabilidades e níveis de decisão, tendo por base as novas necessidades manifestadas nos incêndios de 2017 de estruturar modelos organizativos, capazes de garantir o comando e controlo das operações.
Jaime Marta Soares disse que não estão contempladas no SGO as proposta da LBP relacionadas com as zonas e comandos operacionais.
O presidente da LBP disse ainda que as corporações de bombeiros desconhecem como vai ser feita a próxima época de combate a incêndios florestais e admite um boicote dos bombeiros voluntários às atividades dependentes da Autoridade Nacional de Proteção Civil, apesar de salvaguardarem as respostas de socorro às populações.
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