Coimbra

TEUC estreia peça às escuras por falta de iluminação na AAC

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 06-10-2013

O Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) estreia na segunda-feira uma nova peça, às escuras, alegando falta de apoios para pagar a iluminação da sala, situada no edifício da Associação Académica (AAC).

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A direção do TEUC alega, em comunicado, que a estreia sem luz deve-se aos cortes que o grupo teatral “tem vindo a sofrer nos apoios por parte da Universidade de Coimbra e instituições a ela agregadas (AAC e Serviços de Ação Social).

“Primeiro cortaram o apoio financeiro, depois o apoio logístico, e finalmente a iluminação. Não nos restando nenhuma outra hipótese, estreamos às escuras”, afirma, na nota, Rafaela Bidarra, diretora do TEUC.

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Ouvida pela Lusa, a responsável do grupo teatral confirmou que a estreia e a temporada da nova produção do TEUC, em colaboração com o projeto D-Vitral irá ocorrer às escuras.

“A iluminação nunca foi paga por nós, nunca tivemos orçamento para essa despesa, mesmo só com dois ou três espetáculos por ano. Foi sempre paga pela Universidade, através dos Serviços de Ação Social (SASUC)”, frisou.

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A situação, afiançou, “é provisória há cerca de 10 anos” e prende-se com o facto do edifício da Associação Académica – onde se situa o “teatro de bolso” do TEUC “não estar preparado para corrente trifásica”.

“OS SASUC forneciam a energia e suportavam os custos mas este apoio foi cancelado. Podemos utilizar a energia [a partir do edifício dos Serviços de Ação Social] mas as despesas ficam a nosso cargo”, frisou.

“A alternativa era estrear às escuras e é nisso que estamos a trabalhar”, reafirmou Rafaela Bidarra.

Embora manifestando perceber as “contingências” económicas e financeiras a que o país está sujeito, a diretora do TEUC diz que o grupo não se conforma “com cortes cegos, não justificados e camuflados em redes de autorizações burocráticas”.

“Assistimos a um estrangulamento que vai levar à extinção do Teatro Universitário”, alegou, lembrando que o TEUC, que este ano comemora 75 anos, é o grupo de teatro universitário mais antigo da Europa em atividade “pelo qual passaram inúmeras figuras do panorama cultural português”

Segundo Rafaela Bidarra, a atividade do TEUC subsiste graças a um apoio anual da Fundação Calouste Gulbenkian.

“As suas propostas são reconhecidas por toda a parte mas nunca pela sua cidade. As instituições de Coimbra têm progressivamente deixado de apoiar as nossas atividades”, lamentou.

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