Frota da Administração de Saúde do Centro parada por falta de seguro!

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-01-2018

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) colocou uma mensagem no seu site onde se pode ler que os ACES da ARS Centro foram esta segunda-feira confrontados com este aviso: “Aproveito para informar que hoje não há o fornecimento mensal dos medicamentos e outros artigos, pelo facto de toda a frota da ARS Centro (ACES incluídos) estar parada por falta de seguro automóvel”.

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Do mesmo modo ficaram por fazer hoje os tratamentos domiciliários de enfermagem efetuados em viaturas de serviço em todos os ACES (agrupamento de centros), acusa o SIM, que titula o que sucedeu como “O inconcebível na ARS Centro”.

“Isto é que cria desrespeito pelo serviço público”, disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF-AN), João Rodrigues, ao confirmar que o problema se verificou desde sexta-feira.

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Para o médico, coordenador da USF Serra da Lousã, na Lousã, distrito de Coimbra, esta situação “tem a ver com uma responsabilização da gestão” das estruturas do Serviço Nacional de Saúde.

Num comunicado hoje divulgado pela União dos Sindicatos de Castelo Branco, aquele sindicato refere que tal situação resultou de uma “ordem da presidente da ARS”, Rosa Reis Marques, que tomou posse em dezembro, sucedendo no cargo a José Tereso.

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Na quinta-feira, ao fim da tarde, Rosa Reis Marques comunicou aos ACES da região que “o concurso para a contratação de seguro automóvel ficou deserto, não permitindo a adjudicação atempada do processo”.

Tendo sido aberto novo concurso pela ARS, “a expectativa é a de que, a partir do próximo dia 08 (segunda-feira), já exista a referida contratação”, previa aquela responsável, num esclarecimento enviado aos diretores executivos dos diversos ACES, a que a Lusa teve acesso.

“Cautelarmente, até ao momento em que haja informação a confirmar a existência do referido seguro, as deslocações que se revelem necessárias deverão efetuar-se recorrendo ao serviço de táxis, assegurando assim os serviços mínimos”, determinou Rosa Reis Marques.

O presidente da Associação Nacional de USF lamentou: “Os Centros de Saúde deixam de fazer domicílio com os carros públicos e passam a gastar” no aluguer de táxis. “Será que os dirigentes da ARS também andam de táxi em vez dos carros de serviço?”, questionou.

No Centro de Saúde da Lousã, que integra a USF Serra da Lousã e a Trevim Sol, “este problema não se coloca”, já que os profissionais utilizam três viaturas cedidas pela Câmara Municipal através de protocolo, indicou João Rodrigues.

Contactada por Notícias de Coimbra a Administração Regional de Saúde do Centro  “informa que a frota automóvel deste Instituto Público se encontra já dotada do respetivo seguro”.
Acrescenta que “o processo inicial, aberto ainda em 2017, para aquisição do seguro, ficou sem efeito dado que todas as propostas apresentadas foram excluídas, tendo sido necessário abrir novo concurso. No decurso deste processo, a ARSC providenciou o recurso a meios de transporte alternativos, não se tendo verificado nenhuma situação de rutura em nenhum agrupamento de centros de saúde da região Centro”.

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