Câmara volta a “mandar” Itália para o Parque Verde

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 08-01-2018

Manuel Machado volta a afirmar que um dos espaços de restauração do Parque Verde será “oferecido” ao restaurante Itália.

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itália

O restaurante Itália, que deverá sair do Parque Manuel Braga, por causa da requalificação deste jardim, pode, se assim o desejar, deslocalizar-se para o Parque Verde, reafirmou o líder da autarquia conimbricense, que voltou a questionar a forma como o restaurante se foi expandindo de forma ilegal pelo território municipal.

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Disse Manuel Machado: Uma das fracções, um dos estabelecimentos (do Parque Verde), se houver acordo e disponibilidade, se o actual concessionário entre aspas, do chamado restaurante Itália, estiver disponível para se mudar para uma das fracções, eu veria isso com apreço. É a minha opinião pessoal

Reiterou que “vai ser ser feita a demolição daquela barracada que lá está, daquela construção em cima do rio, que foi licenciada pela Hidráulica in ilo tempore, antes do 25 de abril, onde existia o café Jangada, do senhor Mário das Canjas, que foi por água abaixo em 1973. O que lá está é uma coisa espúria. Vai ser removido no âmbito da requalificação do Parque Manuel Braga”.

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O Presidente da Câmara adiantou ainda que o Itália está notificado desde os tempos em que foi definido o corredor do Metro Mondego “para tirar de lá aquele edificado”.

Questionado por NDC no final da reunião, o líder da CMC informou que ainda não conversou com o “concessionário” daquele espaço municipal.

O concurso para a concessão dos espaços já foi autorizado pela Assembleia Municipal de Coimbra. O procedimento concursal será aberto pela Câmara Municipal de Coimbra após a conclusão das obras.

Hoje, depois de questionado pela oposição, Manuel Machado reafirmou que só pensará na concessão depois da obra feita.

Recordamos que o autarca já admitiu concessionar os quatro espaços em conjunto ou individualmente no sentido de suscitar uma maior concorrência entre os vários interessados, através de concurso público ou entrega direta.

O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra fez estas declarações quando o executivo municipal analisava e votava a proposta de minuta de contrato da empreitada “Parque Verde do Mondego – Margem Direita – Ampliação dos edifícios de restauração e Requalificação dos pisos envolventes”, a celebrar entre a CMC e a Garfive, Lda. 

 

O novo Parque Verde

O novo Parque Verde

A empreitada será realizada pelo valor de 824.620,26 euros (IVA incluído) e terá um prazo de execução de 180 dias.. que permite antever que os espaços não vão abrir no próximo verão.

Se tudo correr bem, os espaços de restauração do Parque Verde do Mondego vão ser requalificados e ampliados, através da construção de quatro novos módulos na cobertura, estando também prevista a instalação de esplanadas junto a esses módulos.

O projeto da ampliação foi elaborado pelo ateliê do arquiteto Camilo Cortesão, pelo valor de 35 000,00 euros.

Esta solução irá beneficiar os futuros concessionários,que terão agora mais espaço, uma vez que passam a funcionar no rés do chão e 1º andar. Além disso, está prevista uma nova configuração de 4+1 estabelecimentos, ao invés da anterior que funcionava em 3+1 (3 bares/restaurantes mais uma gelataria).

Os quatro volumes a construir vão ter escadas de ligação entre os pisos, com um novo acesso de público ao piso térreo, onde cada uma das 4 concessões passará a dispor de instalações sanitárias.

As cozinhas serão recolocadas no piso superior, mantendo uma simples copa de apoio, arrecadação e compartimento de lixos no piso térreo.Ao mesmo tempo, as casas de banho públicas existentes vão ser recuperadas.

Cada módulo do piso superior compreende uma nova área envidraçada, a referida cozinha principal de serviço a ambos os pisos, com apoio de monta-cargas e espaços de esplanada.

A solução de caixilharia proposta para este piso garante a abertura total dos vãos nas laterais de ligação às esplanadas, possibilitando que a sala possa ser um prolongamento coberto desses espaços exteriores.

Relativamente ao lado poente, os pavimentos existentes serão alvo de recuperação e/ou reposição.

PARQUE VERDE

Recordamos que em junho de 2106,  o Executivo Municipal de Coimbra procedeu à cessação do alvará do Complexo Verde do Mondego – Actividades Hoteleiras, ACE, a entidade que explorava os bares e restaurante das denominadas “Docas”, estabelecimentos que encerraram definitivamente durante as cheias de janeiro desse ano.

O incumprimento voluntário das condições a que o concessionário se obrigou aquando da adjudicação no inicio do século “está a conduzir à visível degradação e vandalismo dos estabelecimentos e, de toda a zona cuja limpeza e manutenção compete aquele” foram algumas das causas invocadas pelos serviços da autarquia para “despachar” o Agupamento Complementar de Empresas, que por essa altura era detido por uma família.

A CMC alegou ainda que há mais de três meses que o concessionário não cumpria um conjunto de obrigações, sem que tenha invocado qualquer causa que lhe permita suspender a exploração.

As instalações sanitárias comuns aos estabelecimentos e ao parque Verde estiveram encerradas durante uma boa temporada, tendo sido reabertas pela autarquia.

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