Coimbra

Sindicato diz que um terço dos trabalhadores da hotelaria e restauração do Centro são clandestino

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 28-09-2013

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro (STIHTRSC) estima em “cerca de um terço” os empregados que “trabalham clandestinamente”, na época alta, no setor da região Centro.

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“Na época alta, cerca de 30% dos trabalhadores das unidades hoteleiras e de restauração” da região Centro, “sobretudo no litoral, são mão-de-obra clandestina”, afirmou hoje, à agência Lusa, à margem de uma conferência de imprensa, na Figueira da Foz, o presidente do STIHTRSC, António Baião.

Na zona interior da região Centro a percentagem de empregados, neste setor de atividade, em situação ilegal deverá ser “um pouco inferior”, mas “estende-se por todo o ano”, adiantou o dirigente sindical.

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Ao contrário da situação do setor, cujos resultados têm vindo a melhorar, sobretudo em consequência do aumento de turistas estrangeiros, “os patrões, sobretudo da hotelaria e da restauração”, continuam a desinvestir na “qualidade” dos serviços e, portanto, nos profissionais, sublinhou António Baião, adiantando que “os melhores estão a emigrar”.

“Não poderemos ter turismo de qualidade se os melhores [profissionais] continuarem a emigrar”, alertou o dirigente sindical, sustentando que “a saída de trabalhadores de qualidade para o estrangeiro” se deve essencialmente ao aumento da precariedade laboral e aos “baixos salários” pagos em Portugal.

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Na conferência de imprensa, os dirigentes sindicais lamentaram que os empresários, embora reconheçam que têm tido, ultimamente, “boas ocupações” (como “comprovam todas as estatísticas”), insistam, “como a avestruz”, em meter “a cabeça na areia, evocando o aumento do IVA como o único problema” do setor.

“Simbolicamente”, o STIHTRSC, escolheu a entrada do Casino Peninsular, na Figueira da Foz, para realizar a conferência de imprensa de hoje, por considerar que se trata de uma empresa que constitui um caso “lamentável” de “desinvestimento na qualidade” e que, “nos últimos anos” tem ignorado que “os trabalhadores são a primeira imagem de uma unidade”.

 

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