Tecnologia espacial de Coimbra para o mundo prevê avarias automóveis

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-11-2017

Do espaço para a terra, uma empresa de Coimbra conseguiu criar um sistema que prevê quando os veículos terrestres vão ter avarias, inspirado nas práticas de engenharia da exploração espacial.

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STRATIO

Ricardo Margalho, um dos cofundadores da Stratio, apresentou perante algumas dezenas de espetadores na Web Summit, em Lisboa, a ideia que teve com o seu colega, Rui Sales, há três anos, respondendo a um pedido da empresa de transportes municipais de Coimbra.

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No fim deste ano, mais de dez mil autocarros e camiões de operadores comerciais terão a tecnologia da Stratio, desenvolvida com o apoio da Agência Espacial Europeia.

“Usamos as práticas de engenharia de manutenção que se usam no espaço, onde nada pode falhar”, disse Ricardo Margalho à agência Lusa, referindo que é recolhida informação do motor, suspensão e outros sensores, que é comparada através de um algoritmo com o que seria o desempenho previsível.

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O sistema é capaz de prever quanto tempo falta até um dos componentes deixar de funcionar ou precisar de ser substituído, uma previsibilidade que serve para “evitar recolhas e não perder tempo de operação”.

Um dos desafios foi criar um algoritmo capaz de “entender a linguagem” de cada máquina, que é diferente de marca para marca.

“Estamos em contacto com fabricantes e em 2018 serão lançados autocarros que já têm de raiz o nosso sistema, que é patenteado”, pelo que os criadores da Stratio esperam um “crescimento exponencial” do número de veículos com tecnologia sua.

Atualmente, o sistema já é utilizado em França, Reino Unido, Espanha, Portugal e Estados Unidos da América.

Para já, o mercado do automóvel doméstico não é um objetivo da empresa, uma vez que “a previsibilidade é mais necessária no setor dos transportes comerciais”.

A conferência de tecnologia e empreendedorismo Web Summit termina hoje, no Altice Arena (antigo Meo Arena) e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa.

Segundo a organização, nesta segunda edição do evento em Portugal, participaram 59.115 pessoas de 170 países, entre os quais mais de 1.200 oradores, duas mil ‘startups’, 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.

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