Quatro mágicos de diferentes nacionalidades apresentaram um espetáculo, hoje de manhã, integrado na 17.ª edição dos Encontros Mágicos, em Coimbra, no qual a língua não foi uma barreira para fazer crianças rir.
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Ben Woodward, ilusionista britânico, não estava à espera de ter um público maioritariamente composto por crianças, aquando do início do espetáculo na Rua Visconde da Luz, obrigando-o a ser “mais expansivo”.
Em 25 anos de carreira como mágico, Ben Woodward só fez “um espetáculo para crianças”, afirmando que teve que mudar rapidamente os números de magia que tinha preparado e, em vez de “enfiar cigarros pelo nariz”, apostou em esponjas que se multiplicavam nas mãos das crianças de um infantário de Coimbra.
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“As crianças acabam por perceber a partir dos gestos”, disse Rute Alfaite, educadora de infância, considerando que o espetáculo, que contou ainda com o espanhol Jonathan Barragan, o português José de Lemos e o italiano Trabuk, foi “muito interessante e divertido”.
Ben Woodward, que já atuou em cerca de 30 países diferentes, considerou a magia “uma linguagem internacional”, relembrando o seu primeiro espetáculo no Japão, “em que ninguém percebia nada de inglês”, e que “acabou por correr bem”.
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Na baixa de Coimbra aconteceu o mesmo, com as crianças a rirem-se apenas das palavras e “gestos estranhos” do mágico antes do número sequer começar, apesar de um percalço em que uma criança, enquanto participava num dos seus números, começou a chorar.
“É terrível quando uma criança chora”, afirmou o ilusionista inglês, dizendo que “é por isso” que “normalmente” não faz “espetáculos para crianças”.
Ben Woodward, de 42 anos, começou a carreira como mágico por inicialmente querer “ser comediante”, usando a “magia” como uma ferramenta para o humor.
“Fui enganado ao vivo e a cores”, afirmou João Faria, reformado de 66 anos que passava pela rua da baixa de Coimbra e acabou por participar num dos números do mágico inglês.
João Faria já conhecia os Encontros Mágicos, mas foi a primeira vez que participou num número de ilusão, afirmando que “tudo é feito tão rápido que não dá para perceber o que realmente acontece”.
A 17.ª edição dos Encontros Mágicos – Festival Internacional de Magia de Coimbra, decorre até domingo e conta com a atuação de 12 mágicos de sete países diferentes.
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