Portugal vence Bielorrússia em jogo disputado em Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-08-2017

A seleção portuguesa venceu hoje a Bielorrússia, após prolongamento, por 79-78, mas ficou a três pontos de consumar o apuramento para a fase de grupos europeia do mundial de basquetebol de 2019.

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Portugal precisava de triunfar por quatro pontos para seguir em frente na prova, mas falhou esse objetivo por culpa própria, pois desperdiçou uma vantagem de oito pontos (77-69) conseguida no início do prolongamento.

Uma irregularidade exibicional que acabou por ‘massacrar’ a equipa nacional, sempre muito pressionada em jogar em superação perante adversários bem mais experientes no panorama internacional.

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Portugal terminou a campanha no grupo D de pré-qualificação no terceiro e último lugar com cinco pontos, os mesmos que a formação bielorrussa, mas com desvantagem no desempate pontual.

Ao invés do que ocorreu em partidas anteriores, Portugal entrou de forma razoável no jogo e liderou durante quase toda primeira parte.

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A ligeira vantagem de cinco pontos (42-37) verificada ao intervalo baseou-se essencialmente em dois fatores: uma boa atitude defensiva e a nítida melhoria na concretização do jogo interior.

E o especial enfoque foi a subida de rendimento do extremo-poste Miguel Queiroz, autor de nove pontos e o melhor marcador da turma das ‘quinas’ nos primeiros 20 minutos.

Foi uma primeira parte também marcada por uma lesão do base Pedro Pinto no pé direito, facto que o obrigou a abandonar a partida cumpridos apenas 12 minutos de jogo.

O terceiro período foi o de mais baixa pontuação, com as defesas a imperarem sobre os ataques em ambos os conjuntos. Apesar da maior pressão exercida pelos basquetebolistas bielorrussos, a seleção nacional logrou manter um avanço de um ponto (52-51) nesta fase.

No arranque do quarto período, Portugal conseguiu alcançar uma vantagem de nove pontos (60-51), mas voltou a oscilar e a permitir a recuperação da Bielorrússia, que teve no poste Artsiom Parakhouski o elemento mais determinante, ao somar um ‘duplo-duplo’ (16 pontos e 17 ressaltos).

Ao marcar três lances livres seguidos, o extremo Fábio Lima igualou a contenda a 67 pontos e levou a decisão para o prolongamento.

Nos cinco minutos extra, voltou a prevalecer uma grande irregularidade e insegurança dos basquetebolistas nacionais, com bolas falhadas debaixo do cesto, hesitação nos lançamentos e muito nervosismo.

Jogo realizado no Pavilhão Multidesportos Mário Mexia, em Coimbra.

Portugal-Bielorrússia: 79-78 (após prolongamento).

Ao intervalo: 42-37.

Final do tempo regulamentar: 67-67.

Sob arbitrarem de Antonio Conde (Espanha), Manuel Mazzoni (Itália) e Yohan Rosso (França), as equipas alinharam e marcaram:

– Portugal (79): José Barbosa (1), José Silva (9), Fábio Lima (16), Arnette Hallman (10) e Miguel Queiroz (11). Jogaram ainda: Pedro Pinto (3), Tomás Barroso (8), Stefan Djukic (2), João Guerreiro (4) e Nuno Oliveira (15).

Treinador: Mário Gomes.

– Bielorrússia (78): Aliaksandr Kudrautsau (9), Siarhei Vabischevich (12), Vitali Liutych (18), Mikita Meshcharakou (10) e Artsiom Parakhouski (16). Jogaram ainda: Viachaslau Korzh (3), Maksim Salash, Aliaksandr Semianuk, Kyril Sitnik (7), Dzmitry Paliashchuk (3), Yauheni Belainkou.

Treinador: Aliaksandr Krutsikau.

Marcha do marcador: 23-22 (10 minutos), 42-37 (20), 52-51 (30) , 67-67 (40 minutos) e 79-78 (final do jogo).

Assistência: cerca de 1.100 espetadores.

Declarações após o jogo Portugal-Bielorrússia, do grupo D da fase de pré-qualificação do Mundial de basquetebol de 2019, hoje disputado em Coimbra e que a seleção das ‘quinas’ venceu por 79-78 após prolongamento:

Mário Gomes (selecionador nacional): “Sabíamos que este jogo era como uma final, mas falhámos o nosso objetivo, que era o apuramento, apesar de termos vencido a partida.

Faltou-nos alguma sorte, mas, sobretudo, frieza na altura de decidir o encontro. Mas a Bielorrússia também é uma seleção experiente e com valor.

No balneário disse aos jogadores que têm de uma vez por todas de marcar e assumir os objetivos. Não há vitórias morais. Agora é preciso levantar a cabeça e seguir em frente.”

Arnette Hallman (jogador da seleção portuguesa): “Não tenho palavras para exprimir o que sinto. Demos tudo, lutámos imenso, mas falhámos o nosso objetivo, que era conseguir o apuramento.

Estou muito triste, porque senti que poderíamos seguir em frente no Mundial. Afinal, ficámos com a sensação de que não somos inferiores à Bielorrússia.”

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