Relatório diz que GNR não encaminhou automobilistas para a estrada da morte
A Guarda Nacional Repúblicana (GNR) não encaminhou automobilistas para a Estrada Nacional 236-1 durante o incêndio de Pedrógão Grande, refere a força militar em resposta a questões do ministério da Administração Interna (MAI) hoje divulgada.
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Com o objetivo de esclarecer “cabalmente as causas da tragédia ocorrida em Pedrógão Grande no dia 17 de junho de 2017, a ministra da Administração Interna [Constança Urbano de Sousa] emitiu hoje um despacho onde se dá a conhecer os diversos relatórios e estudos produzidos em relação a vários aspetos suscitados pelo incêndio”, lê-se no portal do Governo.
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Na resposta a várias perguntas enviadas pela ministra, enviadas a 08 de agosto, a GNR refere que o processo de inquérito elaborado por esta força militar “centrou-se no apuramento das circunstâncias em que se desenvolveu a ação das suas forças no dia 17 de junho de 2017, no cenário trágico das mortes ocorridos na EN 236-1 e em itinerários confinantes e localidades próximas”.
Ou seja, prossegue a GNR, “procurou-se elencar todas as ações de controlo do tráfego rodoviário e do movimento de pessoas, tendo-se particularmente em conta a afirmação de uma sobrevivente que passou na EN 236-1 no sentido Figueiró dos Vinhos – Castanheira de Pera, que afirmou ter sido encaminhada por militares da Guarda [Nacional Repúblicana] para essa estrada”.
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Este é um “facto que acabou por não ser confirmado”, salienta a GNR.
“Em suma, o inquérito da GNR foi orientado para factos ocorridos do dia 17 de junho e, essencialmente, relacionados com a situação que originou as mortes – em especial entre as 20:00 e as 22:00 desse dia – e não para a discriminação sistemática de todas as ações desenvolvidas pelas forças da Guarda no teatro de operações em causa”.
Pelo menos 47 pessoas morreram na EN 236-1.
O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.
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