Primeiro curso do país em gestão de bioindústria criado em Oliveira do Hospital

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 18-07-2017

O primeiro curso de ensino superior no país dedicado às bioindústrias e bioeconomia foi criado na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Oliveira do Hospital (ESTGOH), uma das seis unidades do Instituto Politécnico de Coimbra.

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Scientist examine plants

Gestão de bioindústrias é “o primeiro curso de ensino superior em Portugal dedicado exclusivamente ao desenvolvimento das indústrias de base bio, com uma aposta em bioeconomia”, disse hoje à agência Lusa o presidente da ESTGOH, Carlos Veiga.

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A bioeconomia é “uma das grandes prioridades da Comissão Europeia para a Europa”, que, “lançou, neste contexto, um programa muito ambicioso e de desafio a todos os países, no valor de investimento de 3,8 mil milhões de euros, só para investigação e inovação, no âmbito da iniciativa ‘biobased industrias’ [indústrias de base biológica]”, sublinha o responsável.

No novo curso de gestão de bioindústrias, os alunos adquirirão, entre outras valências, competências a nível da gestão empresarial e inovação para a biotecnologia industrial e do desenvolvimento do território e de novos modelos de negócio, na perspetiva da bioeconomia, agroalimentar e valorização de recursos biológicos, exemplifica Carlos Veiga.

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Não se trata “apenas mais um curso no país”, mas de uma formação alinhada com “as novas tendências das necessidades das empresas, onde a formação politécnica é fundamental para acompanhar e estar na linha da frente na resposta às necessidades de profissionais de futuro”, sustenta o presidente da Escola.

A ESTGOH continua a apostar na “excelência e no potencial da região interior”, afirma Carlos Veiga, recordando que o curso de engenharia informática da Escola foi reconhecido, recentemente, como um dos dez do país com “total empregabilidade” dos seus alunos.

A licenciatura integra-se nas duas estratégias de formação integrada adotadas pela Escola.

“Uma pelo contexto das necessidades do tecido empresarial da região” e outra “direcionada para o contexto da valorização dos recursos dos territórios de baixa densidade do interior, materializada nos cursos de desenvolvimento regional e ordenamento do território e na licenciatura em gestão de bioindústrias, conclui.

Limitado ao máximo de 12 alunos, o curso funciona em laboratório, no Campus de Tecnologia e Inovação BLC3, em Lagares da Beira (Oliveira do Hospital), que adota “um novo modelo de desenvolvimento de atividades de investigação e intensificação tecnológica de excelência, incubação de ideias e empresas e apoio ao tecido económico em regiões interiores e rurais”.

A BLC3, distinguida, em 2016, com o prémio RegioStars, na categoria de ‘Crescimento Sustentável: Economia Circular’, atribuído pela Comissão Europeia, é “a primeira e única entidade em Portugal criada para o desenvolvimento e industrialização das biorrefinarias (segunda e terceira gerações) e da bioeconomia e ‘smart regions’, com uma aposta no conceito de economia circular”.

Recentemente, foi constituída a Associação Portuguesa para a Bioeconomia e Economia Circular (ALL), para contribuir para “tornar a economia mais eficiente e mais amiga do ambiente”, e com “o mínimo de resíduos e desperdícios, que é o conceito da economia circular”, que agrega especialistas de diferentes áreas, que “conhecem bem o território”, como, então, disse à agência Lusa, João Nunes, impulsionador da BLC3.

 

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