Jaime Ramos diz que é o mais capaz para vencer o “capataz” Manuel Machado

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 11-07-2017

“Jaime Ramos e Teresa Anjinho apresentam-se na Colina de Camões”. A sério? Olha que o anfiteatro da Quinta das Lágrimas é muito grande. Ainda por cima, a uma terça-feira  e quase a meio da tarde?!” NDC ouviu esta conversa entre dois velhos militantes do PSD. Temiam que  candidatos à Câmara e Assembleia não tivessem aquela “moldura humana que dá jeito para as fotos de quem conta as cabeças dos que vão ver quem está em cartaz”. Os receios, embora legítimos, revelaram-se infundados. Jaime e Teresa conseguiram encher as bancadas da Colina de Camões, que começaram por ser sol e sombra, pois estava um calor que “parecia que estamos mesmo no verão”.

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jaime ramos

Na plateia vimos vários históricos do PSD que aceitaram o convite de Jaime Ramos para estarem presente na Quinta das Lágrimas. Até Pina Prata (Agora Sim? e o “Cidadão por Coimbra” Norberto Pires apareceram na Colina de Camões. Jaime Ramos está a unir o partido? A ver vamos. Certo é que não se deu pela falta de Carlos Encarnação, que como se sabe, prefere um médico que não receita vitamina C.

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O candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT à Câmara de Coimbra, Jaime Ramos, disse que a cidade está a ser vitimada pela estagnação política que tem vivido nas últimas décadas, sobretudo desde os anos de 1990.

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Coimbra tem “muitas potencialidades”, mas está sob duas “grandes ameaças”, que são a perda de estudantes e “a estagnação política que tem tido nas últimas décadas, particularmente depois de 1990 e, agora recentemente nestes [últimos] quatro anos”, disse hoje o social-democrata Jaime Ramos, na sessão de apresentação da candidatura da coligação Mais Coimbra.

Na década de 1990, o município foi liderado pelo socialista Manuel Machado, que voltou a ocupar a presidência da Câmara no atual mandato. Em 2001 foi eleito o social-democrata Carlos Encarnação, que abandonou o lugar durante o terceiro mandato, sendo substituído pelo também social-democrata João Paulo Barbosa de Melo.

“Nós temos tido capataz na Câmara, não temos tido um presidente capaz e essa é ameaça que nós temos de mudar”, afirmou Jaime Ramos.

Para além dos efeitos da “estagnação política”, a cidade vive sob outra “grande ameaça”, relacionada com a perda de estudantes, alertou o candidato, referindo que “há dois ou três meses” o reitor João Gabriel Silva lhe disse que, “dentro de 15 anos, a Universidade de Coimbra corre o risco de só ter metade dos alunos” (dos mais de 20 mil que possui atualmente), “fruto da demografia e do crescimento de outras universidades”.

Coimbra “tem tido um declínio, ao longo de décadas, em termos da sua influência política, em termos de demografia, em termos económicos” e, para se alterar a situação não basta “a atividade de uma só pessoa”, são necessárias “todas as forças vivas da cidade” e para isso é precisa muita abertura, diálogo e cooperação, defendeu.

Detendo-se sobre as ideias que preconiza para o concelho e para a região, Jaime Ramos voltou a reivindicar, designadamente, a criação de uma área metropolitana no território que corresponde à atual Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, que agrega 19 municípios.

“Nada justifica que a CIM não seja área metropolitana. Temos de exigir, todos, que a Assembleia da República crie para Coimbra uma área metropolitana, com os mesmos direitos e os mesmos deveres” das homólogas de Lisboa e Porto., salientou.

Noutro plano, o médico e antigo presidente da Câmara de Miranda do Corvo e ex-governador civil de Coimbra, defendeu a descentralização, apontando o Tribunal Constitucional e os ministérios da Saúde e da Educação como instituições que devem ser transferidas para Coimbra, do mesmo modo que outras entidades e serviços sediados em Lisboa devem passar para outras cidades.

Jaime Ramos defendeu, por outro lado, que o túmulo do primeiro rei de Portugal, no Mosteiro de Santa Cruz (e panteão nacional) tenha guarda de honra.

“Tenho a certeza absoluta que se D. Afonso Henriques estivesse enterrado em Lisboa teria guarda de honra diariamente e não é por ele estar em Coimbra que deixa de ter esse direito” e que portugueses lhe devem essa homenagem, sustentou.

“Temos de homenagear [Afonso Henriques], de obrigar o Estado português, os militares, o governo, o senhor Presidente da República a porem guarda de honra ao primeiro rei de Portugal”.

Na sessão também interveio a candidata à presidência da Assembleia municipal, Teresa Anjinho, do CDS-PP.

Veja o que aconteceu durante a nossa transmissão em directo, que terminou  de forma épica com Beatriz Santos a cantar o Hino Nacional:

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