Câmara vai efetuar obras de conservação no teatro da Escola da Noite

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, aprovou a abertura de um concurso para a empreitada “Teatro da Cerca de S. Bernardo – Obras de Conservação”. A intervenção, que vai incidir na fachada e no palco, com o intuito de resolver patologias motivadas pela degradação dos materiais, terá um prazo de execução de 60 dias e um valor de aproximadamente 40 mil euros (39.996,40 euros c/IVA).
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O revestimento da fachada, em placas de material do tipo “Prodema” (fenólicos) encontra-se degradado, pelo que se torna necessária a sua recuperação. A mesma será efetuada através de trabalhos de lixagem, regularização dos painéis e pintura dos mesmos, além da substituição e recuperação de elementos de fixação e de vedantes. Está igualmente prevista a pintura e a limpeza dos restantes paramentos exteriores.
A conservação deste edifício municipal que é “casa” da companhia de teatro A Escola da Noite prevê também a reparação do pavimento do palco. Neste caso, os trabalhos a realizar passam por lixagem do pavimento, assim como aplicação de nova camada de proteção da madeira, incluindo a substituição das peças degradadas.
Salienta a CMC, que tratando-se de uma obra com valor inferior a 150 mil euros, e de acordo com o Código dos Contratos Públicos, será aberto um concurso por ajuste direto através do convite a nove empresas.
Recorde-se ainda que a CMC já se encontra a efetuar melhorias na envolvente do Teatro da Cerca de S. Bernardo, tanto no atual troço que se encontra em obra, “Requalificação da Rua Pedro Rocha/Rua e Travessa de Montarroio e Ladeira do Carmo”, como no próximo: “Ligação da Ladeira do Carmo à Rua de Aveiro”. As duas intervenções vão permitir, desde logo, melhorar o acesso a este equipamento cultural municipal, tanto ao nível de veículos como de peões. Os pavimentos serão também melhorados assim como a iluminação pública.
Recordamos que a Escola da Noite não compareceu na assinatura do protocolo “Apoio Financeiro Municipal ao Associativismo Cultural para Atividade Permanente para 2017 – Entidades com Gestão de Equipamentos Culturais Municipais”, cerimónia que decorreu na última terça-feira na Câmara Municipal de Coimbra.
NDC procurou saber o que volta(va) a separar as duas instituições. Carina Gomes, Vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Coimbra, esclareceu que a Escola da Noite não assinou porque não quis. Adiantou que que a Escola da Noite quer alterar o protocolo aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra, depois de não se ter pronunciado quando foi instada a apreciar os termos do acordo. A Escola da Noite comunicou que não pretendia, neste momento, prestar declarações sobre o assunto.
Em março, o executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou uma proposta para a atribuição de um apoio financeiro, no montante global de 270.000 euros, à Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra, ao abrigo da 2.ª fase de candidaturas ao “Apoio Financeiro Municipal ao Associativismo Cultural para Atividade Permanente para 2017 – Entidades com Gestão de Equipamentos Culturais Municipais”.
Segundo a autarquia, “este apoio financeiro municipal é atribuído com base nos programas e no interesse municipal e cultural dos projetos apresentados pelas entidades gestoras de equipamentos culturais municipais, que podem propor projetos para um, dois ou três anos, e na avaliação do desempenho das associações nos anos transatos, contando para a classificação um conjunto de critérios gerais – tais como, a título de exemplo, o interesse público municipal das atividades desenvolvidas ou o apoio e participação em iniciativas promovidas pela CMC – e de critérios específicos – tais como, por exemplo, o número de eventos organizados, a média mensal de frequentadores do equipamento municipal e a justificação da proposta orçamental em relação aos objetivos propostos”.
A proposta de apoio financeiro anual da CMC à Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra é de 70.000 euros, para o desenvolvimento da sua “atividade regular”, e de 20.000 euros, para apoio às despesas de funcionamento do Teatro da Cerca de S. Bernardo, para os anos de 2017, 2018 e 2019. A proposta prevê, ainda, que, “no caso das despesas com a água, gás e limpeza, associadas à gestão do equipamento cultural municipal ultrapassem substancialmente o apoio concedido pelo Município, desde que tal seja comprovado com a apresentação das respetivas faturas e se solicitado pelas entidades em causa”, a CMC conceda um apoio pontual suplementar, até ao limite de metade do apoio já concedido para este efeito (ou seja, 10.000 euros).
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