Há cenas que separam a Escola da Noite da Câmara de Coimbra

A Câmara Municipal de Coimbra veiculou ontem que a Escola da Noite era uma das dezenas de organizações culturais que tinham participado na cerimónia de formalização de protocolos que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o que não corresponde à verdade.
O enviado de NDC, que ontem assistiu a todo o ritual contratual, confessa que não se apercebeu que a Escola da Noite não esteve presente para assinar o protocolo “Apoio Financeiro Municipal ao Associativismo Cultural para Atividade Permanente para 2017 – Entidades com Gestão de Equipamentos Culturais Municipais”, pois, como viu António Augusto Barros a assinar protocolos, concluiu, erradamente, que este dirigente estava presente em nome da Escola da Noite, o que não corresponde à verdade, pois António Augusto Barros participou no evento em representação da Cena Lusófona, outra das intuições apoiadas pela CMC.
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Ontem, ao final do dia, NDC foi alertado para a ausência da Escola da Noite e corrigiu a informação. Hoje, NDC procurou saber o que volta a separar as duas instituições.
Carina Gomes, Vereadora da Cultura na Câmara Municipal de Coimbra, esclarece que a Escola da Noite não assinou porque não quis. Adiantou que que a Escola da Noite quer alterar o protocolo aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra, depois de não se ter pronunciado quando foi instada a apreciar os termos do acordo.
A Escola da Noite comunica que não pretende, neste momento, prestar declarações sobre o assunto.
Recordamos que em março executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou uma proposta para a atribuição de um apoio financeiro, no montante global de 270.000 euros, à Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra, ao abrigo da 2.ª fase de candidaturas ao “Apoio Financeiro Municipal ao Associativismo Cultural para Atividade Permanente para 2017 – Entidades com Gestão de Equipamentos Culturais Municipais”.
Segundo a autarquia, “este apoio financeiro municipal é atribuído com base nos programas e no interesse municipal e cultural dos projetos apresentados pelas entidades gestoras de equipamentos culturais municipais, que podem propor projetos para um, dois ou três anos, e na avaliação do desempenho das associações nos anos transatos, contando para a classificação um conjunto de critérios gerais – tais como, a título de exemplo, o interesse público municipal das atividades desenvolvidas ou o apoio e participação em iniciativas promovidas pela CMC – e de critérios específicos – tais como, por exemplo, o número de eventos organizados, a média mensal de frequentadores do equipamento municipal e a justificação da proposta orçamental em relação aos objetivos propostos”.
A proposta de apoio financeiro anual da CMC à Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra é de 70.000 euros, para o desenvolvimento da sua “atividade regular”, e de 20.000 euros, para apoio às despesas de funcionamento do Teatro da Cerca de S. Bernardo, para os anos de 2017, 2018 e 2019. A proposta prevê, ainda, que, “no caso das despesas com a água, gás e limpeza, associadas à gestão do equipamento cultural municipal ultrapassem substancialmente o apoio concedido pelo Município, desde que tal seja comprovado com a apresentação das respetivas faturas e se solicitado pelas entidades em causa”, a CMC conceda um apoio pontual suplementar, até ao limite de metade do apoio já concedido para este efeito (ou seja, 10.000 euros).
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