A Indonésia elevou, para o segundo nível mais grave, o alerta para o vulcão do monte Bur Ni Telong, na província mais ocidental do país, Aceh, após o aumento dos sismos de origem vulcânica.
O vulcão registou pelo menos sete sismos na noite de terça-feira, que foram sentidos a cerca de cinco quilómetros de distância, disse hoje a chefe interina da Agência Geológica do Ministério da Energia e Minerais indonésio.
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Os sismógrafos também detetaram sete sismos vulcânicos pouco profundos, juntamente com 14 sismos profundos e dois sismos tectónicos na região de Bener Meriah, acrescentou Lana Saria.
A dirigente disse que, com base nos resultados da monitorização visual e instrumental que mostram um aumento da atividade vulcânica em Bur Ni Telong, os cientistas elevaram o nível de alerta, do terceiro para o segundo mais elevado.
“As réplicas após eventos tectónicos locais indicam que a atividade magmática é facilmente desencadeada por perturbações tectónicas”, disse Saria, acrescentando que o aumento da atividade sísmica tem vindo a ocorrer desde julho e tornou-se mais intenso e superficial nos últimos dois meses.
A monitorização visual da agência mostrou o vulcão de 2.624 metros de altura claramente visível, sem fumo na cratera.
No entanto, Saria alertou para a possibilidade de erupção, incluindo explosões freáticas e gases vulcânicos perigosos perto de áreas com fumarolas e solfataras, aberturas na crosta terrestre que emitem vapor e gases.
As autoridades aconselharam os residentes e visitantes a permanecerem a pelo menos quatro quilómetros da cratera e a evitarem as zonas de fumarolas e solfataras durante os períodos nublados ou chuvosos, uma vez que as concentrações de gases podem ser fatais.
A região ainda está a recuperar das inundações e deslizamentos de terra catastróficos que atingiram 52 cidades e regências na ilha de Sumatra no início do mês, deixando 1.141 mortos, 163 desaparecidos e mais de sete mil feridos.
Só na área de Bener Meriah, 31 pessoas morreram e 14 continuam desaparecidas após as inundações e deslizamentos de terra, que interromperam o acesso a aldeias remotas e obrigaram a retirar mais de 2.100 residentes, informou a Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésia.
A imprensa local referiu que os residentes de três aldeias num raio de dois quilómetros da cratera estão a ser retirados, uma vez que as autoridades temem que as fortes chuvas, combinadas com a atividade vulcânica, possam piorar as condições e complicar os esforços de evacuação.
A Indonésia, um arquipélago com mais de 280 milhões de habitantes, possui mais de 120 vulcões ativos e está localizada ao longo do ‘Anel de Fogo’, uma série de falhas sísmicas em forma de ferradura em torno do Oceano Pacífico.
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