O aumento dos casos de infeções respiratórias, em especial de gripe A, levou os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) a ativarem o nível 2 de contingência no Serviço de Urgências. A decisão surge numa altura de maior pressão assistencial e de necessidade acrescida de internamento.
O objetivo é claro: separar os doentes com infeções respiratórias dos restantes, garantindo mais segurança, melhor organização dos fluxos e um atendimento mais eficaz. Para isso, foram reforçados os espaços dedicados e os recursos humanos afetos a este tipo de situações.
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“O aumento significativo destes casos obrigou-nos a alterar os fluxos dentro do Serviço de Urgências, alocando mais recursos para tratar os doentes com infeções respiratórias”, explicou Henrique Alexandrino, diretor do Serviço de Urgências dos HUC. Segundo o responsável, a situação está a ser acompanhada “diariamente, tanto a nível tático no serviço como a nível estratégico pelo Conselho de Administração”.
Apesar do reforço, o apelo à população é simples e direto: bom senso. Sintomas ligeiros de gripe, constipação ou infeção respiratória não justificam, na maioria dos casos, uma ida às urgências hospitalares. “Os doentes devem recorrer, em primeiro lugar, aos centros de saúde da sua área de residência ou contactar a linha SNS24, que faz uma triagem adequada das queixas”, sublinha o médico.
A ideia é preservar os recursos hospitalares para quem realmente precisa. “Queremos garantir que os serviços de urgência estão disponíveis para situações de risco de vida ou de perda de função de órgãos ou membros”, reforça o diretor.
A situação epidemiológica continua a ser monitorizada e pode evoluir nos próximos dias. “Estes fenómenos são muito dinâmicos. Se necessário, o nível de contingência pode ser escalado para o nível 3 ou reduzido para o nível 1, consoante a evolução dos casos”, acrescenta.
Mesmo com o aumento da procura, o Serviço de Urgências mantém a Triagem de Manchester, assegurando que os doentes mais graves são atendidos de imediato. Quanto à falta de macas — uma preocupação frequente nesta altura do ano —, o responsável garante que existe “uma reserva tática e estratégica para equilibrar os picos de afluência”.
Por fim, fica o lembrete, especialmente em época de festas e encontros sociais: responsabilidade individual também é saúde pública. “É importante preservar a nossa saúde e a dos outros, respeitando o trabalho dos profissionais de saúde, socorro e segurança que garantem cuidados à população 24 horas por dia”, conclui Henrique Alexandrino.
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