A Unidade Local de Saúde (ULS) e a Escola Superior de Enfermagem da Universidade de Coimbra assinaram hoje um protocolo de colaboração estratégica para garantir enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica.
“A interrupção, durante um período prolongado, da formação especializada em saúde materna e obstetrícia gerou um grave défice de recursos humanos qualificados, com impacto direto na capacidade de resposta assistencial”, lamentou o presidente do conselho de administração da ULS de Coimbra, em comunicado enviado à agência Lusa.
PUBLICIDADE
Segundo Alexandre Lourenço, “este protocolo surge precisamente para corrigir esse desequilíbrio estrutural, retomando um planeamento ativo e responsável da formação especializada, alinhado com as necessidades reais do sistema de saúde”.
No âmbito do acordo, são disponibilizadas até 10 vagas adicionais no mestrado em Enfermagem, na área de especialização em saúde materna e obstétrica, com acesso preferencial para enfermeiros da ULS de Coimbra e pagamento integral das propinas pela unidade local de saúde.
O objetivo é garantir condições efetivas para a qualificação avançada dos profissionais.
O protocolo consagra ainda um pacto de permanência de cinco anos dos enfermeiros formados ao serviço da ULS de Coimbra, após a conclusão do mestrado e a atribuição do título profissional pela Ordem dos Enfermeiros.
“Este compromisso assegura a sustentabilidade do investimento público, permitindo uma dotação planeada e estável de recursos humanos para responder às necessidades assistenciais das duas maternidades em funcionamento e da nova maternidade de Coimbra, projeto estruturante para a região”.
O acordo prevê também a utilização das unidades da ULS de Coimbra como contextos de prática clínica acreditados, articulação entre supervisão académica e tutoria clínica especializada, desenvolvimento de iniciativas conjuntas de formação contínua, investigação e melhoria da qualidade, bem como mecanismos de monitorização e avaliação do impacto assistencial e formativo.
“Para a ULS de Coimbra, este protocolo traduz uma opção estratégica clara: antecipar necessidades, corrigir défices históricos e garantir cuidados maternos e obstétricos seguros, diferenciados e de elevada qualidade, colocando a formação especializada no centro da resposta do SNS às famílias da região”, sustentou Alexandre Lourenço.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
