Crimes
Enfermeira assassina em fuga: Ninguém sabe do pai militar e suspeita-se que tenha tido ajuda
Imagem: CMTV
Mariana Fonseca, enfermeira condenada pelo homicídio de Diogo Gonçalves, encontra-se em fuga à Justiça há cerca de seis meses, depois de o Tribunal Constitucional ter confirmado uma pena efetiva de 23 anos de prisão.
O crime ocorreu em março de 2020, no concelho de Silves, no Algarve.
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Mariana Fonseca e a então namorada, Maria Malveiro, chegaram a planear uma vida em comum e viagens pelo mundo, mas acabaram detidas por matarem e desmembrarem o jovem engenheiro informático, com o objetivo de ficarem com uma indemnização de cerca de 70 mil euros, que Diogo tinha recebido pela morte da mãe.
Maria Malveiro foi condenada a 25 anos de prisão, mas acabou por suicidar-se na cadeia. Já Mariana foi inicialmente absolvida pelo Tribunal de Portimão, decisão que viria a ser revertida pelo Tribunal da Relação de Évora, que a condenou a 25 anos de prisão, pena posteriormente reduzida para 23 anos, já transitada em julgado.
Segundo o Correio da Manhã, Mariana teve conhecimento da decisão definitiva a 13 de maio, data em que já teria tudo planeado para a fuga. O mandado de detenção só foi emitido a 3 de julho, embora a Polícia Judiciária já estivesse a seguir o seu rasto dias antes.
A enfermeira abandonou o apartamento que arrendava em Lisboa antes da decisão judicial e deixou a casa do pai, militar da GNR no Algarve, ao abandono. As autoridades acreditam que Mariana terá contado com apoio de terceiros durante a fuga e que continua a ser ajudada no local onde se encontra. O pai da jovem não é visto há largos meses na zona. indica o mesmo jornal.
Entretanto, Mariana divulgou um vídeo onde assume estar em fuga, garante que não matou Diogo Gonçalves e pede desculpas à família da vítima. “Amo-vos, perdoem-me”, afirma na gravação.
O homicídio de Diogo Gonçalves, então com 21 anos, ocorreu a 20 de março de 2020, na casa onde vivia, em Algoz. O jovem tinha combinado um encontro com Maria Malveiro, que entrou primeiro na residência, enquanto Mariana aguardava no carro.
Segundo a acusação, Maria colocou Diazepam, um sedativo obtido por Mariana no hospital onde trabalhava, no sumo de laranja ingerido pela vítima. Diogo foi depois asfixiado.
O corpo foi colocado na bagageira do carro da vítima e transportado para a garagem da casa onde Mariana vivia, no Chinicato, em Lagos, onde foi esquartejado com um cutelo adquirido num supermercado.
As buscas por Mariana Fonseca continuam, estando o caso sob investigação da Polícia Judiciária.
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