Pedro Rebelo de Sousa, irmão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi uma das vítimas da burla conhecida como “olá pai, olá mãe”, tendo perdido 987 euros, em dezembro de 2022.
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A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias.
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Também o ex-deputado do PSD e antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, caiu no mesmo esquema, ficando sem 3.621 euros.
No caso de Pedro Rebelo de Sousa, o advogado foi contactado através da aplicação WhatsApp por alguém que se fez passar pela sua filha, alegando ter trocado de número e necessitar urgentemente de ajuda para efetuar um pagamento. Na altura, este tipo de burla ainda era pouco conhecido, o que levou o irmão do chefe de Estado a realizar a transferência bancária solicitada.
No dia seguinte, ao tentar novo contacto, o burlão pediu mais dinheiro, desta vez 1.400 euros, o que levantou suspeitas. Pedro Rebelo de Sousa acabou por contactar a filha através do número verdadeiro, percebeu que tinha sido enganado e apresentou queixa às autoridades.
Dois dias antes, Eduardo Oliveira e Sousa, então presidente da CAP, tinha sido alvo da mesma rede criminosa. Os burlões fizeram-se passar pela sua filha e convenceram-no a realizar duas transferências bancárias, no valor total de 3.621 euros. Só depois de contactar a filha é que o ex-deputado percebeu que tinha sido vítima de burla.
Segundo o Ministério Público, citado pelo JN, a investigação não conseguiu identificar os autores diretos das mensagens, uma vez que recorriam a cartões de telemóvel descartáveis. No entanto, a Polícia Judiciária conseguiu rastrear as contas bancárias usadas para movimentar o dinheiro de oito vítimas, num total superior a 20 mil euros.
As autoridades identificaram 17 pessoas que levantavam o dinheiro imediatamente após as transferências. Estes arguidos foram agora acusados pelo Ministério Público de Lisboa do crime de recetação, estando o processo em fase judicial.
A burla “olá pai, olá mãe” continua a fazer vítimas e baseia-se na pressão emocional exercida sobre pais e familiares, através de pedidos urgentes de dinheiro feitos por falsos familiares, sobretudo via aplicações de mensagens instantâneas.
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