Justiça

“Estão juntos novamente”: Pai do menino que morreu à facada ao proteger a mãe também já tinha falecido

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 25-12-2025

Imagem: Facebook

A avó de Alfie Hallett, o menino britânico de 13 anos assassinado à facada em Tomar a 23 de dezembro, disse estar “devastada” e acredita que o neto morreu ao tentar proteger a mãe de um ataque violento.

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“Ele morreu a tentar proteger a mãe”, afirmou Linda Hallett ao Daily Mail.

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Alfie foi encontrado morto na casa onde vivia com a mãe, na localidade de Casais, a cerca de 16 quilómetros a norte de Tomar. O alegado agressor é o ex-companheiro da mãe, Gonçalo Carvalho, que acabou por morrer horas depois numa explosão de gás na sua própria habitação, quando a polícia tentava detê-lo.

A mãe do menor foi brutalmente agredida, apresentando hematomas no rosto, um olho negro e sinais de ter sido amarrada nas mãos e nos pés com abraçadeiras de plástico. Foi socorrida por vizinhos e transportada para o hospital.

Em declarações ao Daily Mail, Linda Hallett descreveu Alfie como “um menino adorável e gentil, com um coração de ouro”. Disse ter recebido a notícia por telefone, pouco depois das 9:30. “Fiquei completamente em choque. Estou devastada. Ainda estou a tentar perceber o que aconteceu”, afirmou.

Alfie nasceu em Brighton e cresceu em Bognor Regis. Os pais separaram-se quando era pequeno. Em 2016, a mãe mudou-se para Tomar com um companheiro português, levando o filho consigo. A avó contou que perdeu contacto regular com o neto durante alguns anos e que o viu pela última vez no Natal de 2018, quando Alfie visitou o Reino Unido após o pai ter obtido autorização dos tribunais portugueses.

Segundo a família, o pai de Alfie manteve contactos regulares por videochamada, mas morreu em fevereiro deste ano, vítima de uma infeção grave, depois de já ter problemas cardíacos. “Gosto de pensar que o Mark e o Alfie estão juntos novamente”, disse a avó.

De acordo com as autoridades, Alfie e a mãe já eram conhecidos por situações anteriores de violência doméstica. Entre 2022 e 2023, terão sido feitas várias denúncias, incluindo pelo próprio menor. Vizinhos relataram comportamentos obsessivos por parte do suspeito, que passava noites a dormir no carro em frente à casa da família.

A Polícia Judiciária confirmou estar a investigar “as circunstâncias de duas mortes” ocorridas na freguesia de Casais, esclarecendo que o menor e o alegado agressor apresentavam múltiplos ferimentos de arma branca. Durante a intervenção da GNR, foi detetado um forte cheiro a gás na habitação do suspeito, tendo ocorrido uma explosão que causou a morte de Gonçalo Carvalho e ferimentos num militar.

O homem já tinha cumprido uma pena de prisão por homicídio qualificado, depois de ter esfaqueado mortalmente outro indivíduo com vários golpes.

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