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Coimbra no topo das trovoadas: Milhares de raios caíram na região este ano

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 22-12-2025

Imagem: depositphotos.com

O ano de 2024 fica marcado por uma intensa atividade elétrica na atmosfera em Portugal Continental, com o registo de 137.927 relâmpagos, dos quais 27.304 foram raios, ou seja, descargas elétricas que atingiram o solo.

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De acordo com dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o verão e a primavera foram as estações com maior número de descargas elétricas, concentrando 58,8% e 21% do total, respetivamente. No conjunto dos registos desde 2010, 2024 foi o 6.º ano com maior número de descargas elétricas no país.

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Os meses com maior número de raios foram junho, com 12.215 ocorrências, seguido de abril (4.328) e julho (3.789). O destaque vai para o dia 29 de julho, quando foram registadas 3.517 quedas de raios num único dia.

O aumento da atividade elétrica coincidiu com um verão marcado por incêndios rurais. Em 2024, arderam 136.424 hectares, representando um aumento de 22% da área queimada face à média dos últimos dez anos.

Ao longo do ano, Portugal registou 141 dias com trovoadas. O mês com mais dias de trovoada foi março (17 dias), seguido de junho e outubro, ambos com 16 dias.

Em termos de distribuição geográfica, os distritos com maior número de dias com trovoada foram Coimbra, com 53 dias, Santarém (49) e Beja (47), pode ler-se no Correio da Manhã.

Relativamente ao número total de raios por distrito, Castelo Branco surge em primeiro lugar, com 2.904 registos, seguido de Santarém (2.595) e Coimbra (2.523). Beja foi o quarto distrito com mais ocorrências (2.449), enquanto Évora registou 2.212 raios.

Um dos episódios mais impressionantes ocorreu a 5 de novembro, quando foram registados mais de 56 mil relâmpagos em apenas 24 horas. Este valor representa quase metade de todos os relâmpagos contabilizados ao longo do ano, evidenciando a intensidade excecional desse episódio meteorológico.

Os dados reforçam 2024 como um ano de atividade elétrica anormalmente elevada, com impacto significativo tanto do ponto de vista meteorológico como ambiental, nomeadamente no risco e desenvolvimento de incêndios rurais.

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