Região

Lousã aprova orçamento de 54 milhões de euros para 2026

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 19-12-2025

A Câmara da Lousã, liderada pelo PSD/CDS-PP, aprovou hoje o orçamento para 2026, de 54 milhões de euros, “o maior de sempre” face aos investimentos previstos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), afirmou o presidente da autarquia.

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O orçamento foi aprovado hoje com os votos favoráveis dos quatro vereadores da coligação PSD/CDS-PP e a abstenção de dois vereadores do PS (um terceiro elemento não pôde estar presente na reunião do executivo).

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Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara, Victor Carvalho, afirmou que este é “o maior orçamento de sempre” daquele município do interior do distrito de Coimbra, motivado por cerca de 23 milhões de euros (ME) em investimentos previstos no PRR.

Entre esses investimentos, estão a requalificação da Escola Secundária da Lousã (distrito de Coimbra), da EB2 da Lousã, do novo edifício do centro de saúde e dos vários projetos de habitação, disse.

“É um orçamento que será de consolidação, até por causa dos investimentos do PRR”, acrescentou, considerando que este é um documento que “consolida o que vem de trás e procura arrancar com novos projetos”.

No caso do PRR, Victor Carvalho salientou que o município pretende assegurar que os prazos das obras são cumpridos.

Como novos projetos, o novo executivo da Câmara da Lousã, que era anteriormente liderada pelo PS, apresenta já algumas propostas como uma intervenção no mercado municipal, a criação de um centro de alto rendimento dedicado ao BTT e um campo de férias em Foz de Arouce, afirmou.

“O nosso objetivo é que venha a ser um campo de férias de renome internacional”, sublinhou o autarca, apontando para o centro de alto rendimento como uma forma de atrair ainda mais atletas e praticantes de desportos de montanha, que têm “uma procura quase permanente”.

Em 2026, o executivo pretende também avançar com estudos para a criação de um teleférico que ligue o centro da Lousã ao castelo.

O orçamento prevê também o avançar da ampliação da Zona Industrial do Alto Padrão.

Para o vereador socialista António Marçal, o PS optou pela abstenção por considerar que o orçamento “é curto e não tem visão estratégia para o concelho”.

O documento “faz uma gestão das obras que já vêm do passado” e não assume uma “visão estratégica que o município precisa”, notou, considerando que tal possa acontecer por “falta de tempo ou inexperiência do atual executivo”.

No caso da habitação, além de executar os projetos que vinham de trás, António Marçal entendeu que o município deveria implementar “uma verdadeira política de habitação para o concelho”.

Nas áreas económicas, o executivo, além de avançar com a ampliação do Alto Padrão, deveria legalizar “a titularidade dos terrenos” na Zona Industrial do Vale da Ursa, em Serpins, lançando assim as bases também para o seu aumento, comentou.

Sobre o centro de alto rendimento, campo de férias e teleférico, António Marçal considerou que “são estudos e projetos” que acha que poderão não ter viabilidade.

A coligação PSD/CDS-PP tem também maioria absoluta na Assembleia Municipal, onde o documento terá de ser votado.

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