Região

Tradições ancestrais aquecem aldeias de Arganil

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 19-12-2025

Imagem: DR

Nas várias aldeias do concelho de Arganil, o Natal continua a ser vivido com tradições ancestrais que atravessam gerações e reforçam os laços comunitários. Para além do significado familiar e simbólico da quadra, há um ritual que todos os anos mobiliza os habitantes: a recolha de cepos e raízes de árvores para acender a tradicional fogueira de Natal.

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Dias antes da Consoada, os populares juntam-se em grupos e percorrem os campos em busca da lenha que, depois de escolhida, é transportada até ao centro da aldeia. Aí permanece até à noite de 24 de dezembro, quando é finalmente acesa numa grande fogueira comunitária.

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A chama, alimentada diariamente por quem assume a responsabilidade de a vigiar, deve manter-se acesa até ao dia de Ano Novo, simbolizando proteção, união e continuidade. Após a ceia de Natal, os habitantes reúnem-se em torno do fogo para momentos de convívio e partilha.

À volta da fogueira não faltam o vinho, a jeropiga e a aguardente, o chouriço assado nas brasas e a panela ao lume para preparar o café. Entre histórias, memórias e cumprimentos, o espaço torna-se ponto de encontro para quem vive na terra e para aqueles que regressam nesta altura para rever familiares e amigos.

Durante os dias que separam o Natal do Ano Novo, são muitos os que passam pela fogueira para se aquecer e prolongar o serão, mantendo viva uma tradição que continua a ser aguardada com entusiasmo pelos habitantes locais.

Estes momentos de união e confraternização são uma das expressões mais antigas da cultura serrana e ajudam a preservar a identidade das aldeias de Arganil, garantindo que o fogo do Natal continua aceso, não só nas praças, mas também na memória coletiva das suas gentes.

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