O Natal é uma época de grande festa e celebração no Centro de Portugal. Aqui, poderá descobrir tradições fascinantes e curiosidades cativantes que tornam esta época inesquecível!
A tradição de colocar um ramo de azevinho debaixo da almofada na noite de Natal para sonhar com o futuro marido, por exemplo, é uma tradição antiga que remonta à era medieval. O azevinho é uma planta associada à sorte, ao amor e à fertilidade, e acredita-se que tem o poder de trazer sonhos proféticos. Esta curiosa tradição, muito comum em várias regiões do Centro de Portugal, é particularmente popular entre as raparigas solteiras que desejam encontrar um marido.
Mas a tradição mais emblemática de Natal no Centro de Portugal, é a celebração religiosa da “Missa do Galo” que ocorre a 24 de dezembro, à meia-noite. Por esta ocasião, são entoados cantos e orações especiais, que na véspera do Nascimento de Jesus, tal como um galo a teria cantado, anunciam a chegada do Messias.
Também é comum a realização de grandes fogueiras que ocorrem geralmente logo após a Missa do Galo. Acesas em diversas vilas e aldeias, simbolizam a purificação e a renovação. Acontecem nos adros das igrejas ou nas praças das freguesias, onde a população se reúne e convive, em torno de um enorme madeiro.
Outra tradição importante é a confeção de doces e bolos típicos de Natal, como o bolo-rei, as filhoses, as rabanadas, o bolo de mel e o pão de ló, entre tantas outras iguarias que adornam a mesa de Natal! Estes doces, habitualmente confecionados em família, em alegre convívio, são servidos à mesa na noite de Natal, juntamente com outros pratos tradicionais, como o bacalhau assado, o polvo ou o peru.
Além destas tradições de Natal, também o Ano Novo e Dias de Reis são marcados por outras curiosidades e tradições, informa a Turismo Centro de Portugal.
Concurso de couves e abóboras de Natal em Tábua: O Mercado Municipal de Tábua recebe anualmente, a 24 de dezembro, o aguardado Concurso de Couves e Abóboras de Natal, organizado pelo Município com o objetivo de promover a couve e abóbora como produtos regionais de importante valor económico, cultural e turístico. Este são, pois, dois ingredientes indispensáveis e predominantes na Ceia de Natal das mesas beirãs.

Festival da Filhó Espichada (Pampilhosa da Serra): Pampilhosa da Serra, encantadora vila aninhada entre as majestosas montanhas da Serra do Açor, ganha vida todos os anos com a realização do Festival da Filhó Espichada. Este evento anual é uma celebração vibrante da rica herança gastronómica da região e da tradição local de preparar e saborear a deliciosa filhó espichada.
A filhó espichada é uma iguaria tradicional da região, uma massa doce frita e polvilhada com açúcar e canela. O festival tem raízes profundas na cultura local, refletindo a habilidade artesanal dos habitantes de Pampilhosa da Serra que horam receitas transmitidas de geração em geração. O Festival da Filhó Espichada é um evento que abraça a comunidade e atrai visitantes ávidos por explorar a autenticidade da culinária local. Durante o festival, a praça central de Pampilhosa da Serra transforma-se num mercado animado, repleto de barracas coloridas e aromas tentadores.
Um dos pontos altos do festival são as competições culinárias, onde chefs locais e amadores mostram suas habilidades na preparação da filhó espichada perfeita. Os jurados, muitas vezes, incluem chefs renomados e personalidades da gastronomia, proporcionando um toque de prestígio ao evento.
O festival também oferece demonstrações e workshops, nos quais os participantes podem aprender os segredos por trás da confeção da filhó espichada. Essas sessões proporcionam uma oportunidade única para os amantes da culinária se envolverem diretamente com os métodos tradicionais de preparo.
Além da ênfase na gastronomia, o Festival da Filhó Espichada em Pampilhosa da Serra destaca-se por promover atividades culturais locais. Apresentações de música folclórica, danças tradicionais e exposições de artesanato regional adicionam uma camada extra de autenticidade à celebração.

ARGANIL: Nas várias aldeias do concelho de Arganil, há tradições bem vivas. No Natal, para além dos valores que lhe estão associados e que sentam à mesa toda a família, há uma missão que geração após geração leva os populares a reunirem-se em busca de cepos e raízes de árvores. Depois de escolhidos, são carregados até ao centro da aldeia e deixados no local onde serão depois acesos, numa fogueira, no dia 24 de dezembro. Alimentada diariamente por alguém que dela tome conta, espera-se que a mesma se mantenha acesa até ao dia de Ano Novo. Depois da consoada, reúnem-se os populares à volta da fogueira em convívio. Trazem vinho, jeropiga e aguardente, chouriço para assar na brasa, e uma panela para fazer café. Contam-se histórias, relembram-se memórias, cumprimenta-se quem é de cá mas está longe e regressa para ver os seus. Nos dias entre o Natal e o primeiro dia do ano, muitos são aqueles que por lá passam para se aquecer e passar o serão. São momentos de união e confraternização que todos os anos são ansiados pelos habitantes e que assim mantém acesa uma das tradições das gentes da serra mais antigas desta quadra.

Mas não só. São poucas pessoas, mas com enorme espirito natalício, transformam esta época numa festa gigante.
Aldeia de Cabeça (Seia): Inspirada nos valores do Natal, aqui se vive de forma simples e autêntica esta quadra festiva. Os enfeites são concebidos à mão, em exclusivo pelos seus moradores, com materiais retirados diretamente da natureza. As luzes utilizadas são LED. É que a Aldeia Cabeça de Natal é, desde 2011, a primeira aldeia a implementar medidas verdadeiramente sustentáveis.
Os habitantes orgulham-se de abrir as portas das suas casas aos visitantes, transformando a aldeia e as suas ruas num verdadeiro mercado de Natal. Por isso, se quer fugir do óbvio na hora de trocar presentes, nesta Aldeia de Montanha encontra soluções ecológicas e originais. Prove também as iguarias locais e ouça grupos de música tradicional e coros infantis. Coloque já na sua agenda uma visita a esta aldeia.
“Penamacor – Vila Madeiro”: O Madeiro consiste numa grande fogueira que é feita no adro da igreja, onde a população se reúne depois da Missa do Galo. Mais que uma grande festa, é uma tradição local que fomenta o encontro entre várias gerações de Penamacorenses, recebidos todos os anos pelos jovens que celebram 20 anos. As várias atividades, desde o abate das árvores à sua disposição no adro da igreja, passando pelo convívio no campo, pelo interminável cortejo de tratores que transportam os gigantescos troncos no dia 08 e pela festa da Imaculada Conceição, culminam no atear do Madeiro, na noite de 23 para 24 de dezembro.
Além de dar a conhecer os rituais desta genuína tradição, há um caloroso acolhimento dado pela população, que abre as portas das próprias habitações ou de familiares e amigos, com tasquinhas e vendas de artesanato, onde podem encontrar lembranças da festa do Madeiro para levar.
Em dezembro, Penamacor é Vila Madeiro!
Magusto da Velha (Guarda): Esta tradição natalícia realiza-se no dia 26 de dezembro, na Aldeia Viçosa, freguesia do Concelho da Guarda, e é única no país.
Esta tradição vem de há muitos séculos, onde aqui se viviam tempos difíceis, de muita fome. Conta a história que, uma velha endinheirada terá feito uma doação à freguesia para que o povo pudesse, um dia por ano, beber vinho e comer castanhas. Em troca era-lhes apenas pedido que lhe rezassem pela alma.
A tradição consiste que no dia posterior ao Natal, e ainda enquanto arde o Madeiro, novos e velhos já aguardam no adro da Igreja Matriz, esperando que do cimo do campanário “chovam “as castanhas prometidas pela “Velha”. Também cá em baixo, no largo, se distribui vinho para aquecer as gargantas. Entre risadas e empurrões foge-se à “chuva da castanha” que se cai na cabeça, bem magoa. Ainda há tempo para as “cavaladas”, um jogo que consiste em saltar para as costas de quem se dobra para apanhar castanhas.
A Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa tem conseguido preservar esta tradição, para que a população e visitantes ainda possam usufruir do que foi prometido pela “Velha” e não quebrar a tradição.
Águeda Natal: Águeda mantém dois dos seus grandes ícones como atrações: o Maior e o Menor Pai Natal do Mundo!
Em 2016, a implementação do “Maior Pai Natal do Mundo”, no Largo 1º de Maio, com cerca de 21 metros e 250 mil leds a iluminá-lo, veio dar uma nova imagem a Águeda e ao seu Natal. A iniciativa ganhou uma dimensão que bateu recordes, aumentando a afluência de visitantes e tornou-o num evento de excelência, sendo-lhe atribuído o Guinness World Records de Maior Pai Natal.
Ao longo de 3 anos, este Pai Natal gigante brilhou sozinho mas, em 2018, juntou-se o “Mais Pequeno Pai Natal do Mundo”, uma nano-escultura que apenas pode ser contemplada através de microscópio. O “homem das barbas brancas” cabe no buraco de uma agulha e está exposto no Posto de Turismo de Águeda. Esta obra de arte única, do tamanho de um ponto final, foi desenvolvida pelo artista Willard Wigan, o criador das obras mais pequenas do mundo, de acordo com o Guinness World Records.
Cá fora, as várias decorações e os famosos guarda-chuvas coloridos dão lugar ao branco, vermelho, dourado e verde, e fazem brilhar as ruas da cidade. Outras iluminações transformam o Parque de Alta Vila num parque encantado, com luz, cor e magia.
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