Pelo menos 17 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram devido ao frio e à chuva provocados por uma tempestade polar que afeta a Faixa de Gaza desde a semana passada, segundo as autoridades locais.
A tempestade provocou o desabamento de casas e danificou dezenas de tendas utilizadas por pessoas deslocadas pela ofensiva militar israelita após os ataques de 07 de outubro de 2023.
A maioria das mortes foi causada pelo frio e pelas inundações, segundo o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, que lamentou que dezenas de casas tenham desabado completamente desde o início da tempestade.
“Mais de 90 edifícios sofreram derrocadas parciais, representando uma ameaça direta à vida de milhares de pessoas em Gaza”, alertou em declarações publicadas pelo jornal ‘Filastin’, afiliado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla as autoridades do enclave palestiniano.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que 55 mil famílias e cerca de 30 mil crianças em Gaza foram afetadas pelas chuvas e que “há uma necessidade urgente de retomar as medidas para garantir a proteção das crianças”.
Por sua vez, o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou que as condições meteorológicas continuam a causar danos nas infraestruturas, levando à “perda de vidas”.
“É vital fornecer ajuda humanitária, incluindo mantimentos para a reconstrução de abrigos permanentes”, afirmou o CICV.
Anteriormente, o Comissário-Geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, denunciou o facto de as crianças em Gaza não estarem protegidas do “frio intenso e das inundações” causadas pela tempestade tropical Byron.
“Embora a tempestade seja um desastre natural, as suas consequências são provocadas pelo homem para uma população forçada a viver entre ruínas, em abrigos improvisados ou em tendas”, afirmou.
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