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PSD considera que TC viabilizou pontos centrais da nova lei da nacionalidade

Notícias de Coimbra com Lusa | 16 horas atrás em 15-12-2025

Imagem: Flickr/ GPPSD

O PSD considerou segunda-feira que a decisão do Tribunal Constitucional (TC) “viabilizou” pontos estruturantes do decreto que revê a lei da nacionalidade e, quanto aos pontos declarados inconstitucionais, adiantou que irá analisá-los e, eventualmente, revê-los.

Estas posições foram assumidas pelo vice-presidente da bancada social-democrata António Rodrigues, após o Tribunal Constitucional (TC) ter declarado inconstitucionais cinco normas do decreto do parlamento que revê a lei da nacionalidade e a quase totalidade de um outro que cria a perda de nacionalidade como pena acessória no Código Penal.

“O que o TC considerou não conforme à Constituição não inviabiliza que tenhamos uma lei da nacionalidade. É bom que tenhamos em atenção que a lei da nacionalidade são dezenas e não apenas as quatro questões que foram apontadas por parte do TC”, sustentou António Rodrigues.

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Perante os jornalistas, o vice-presidente da bancada do PSD referiu que o TC não deu razão a vários pontos suscitados pelo PS nos requerimentos que apresentou.

“É, portanto, com tranquilidade que observamos esta decisão de hoje do TC. Consideramos que o TC viabilizou questões essenciais e estruturais, como sejam a questão das contagens de prazo, a diferenciação entre cidadãos europeus e dos países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) em relação a cidadãos de Estados terceiros”, especificou.

Depois de o diploma ser devolvido ao parlamento pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, António Rodrigues disse que o PSD irá olhar para os pontos declarados inconstitucionais.

“Vamos fazer, olhando para esta lei, provavelmente, um processo semelhante ao que foi adotado no parlamento com a Lei dos Estrangeiros”, adiantou.

Também o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, reagiu à decisão do TC salientando a validação do alargamento dos prazos para a obtenção da nacionalidade, mas considerou que o acórdão dos juízes do Palácio Ratton é “equívoco do ponto de vista jurídico”, “errado do ponto de vista sociológico” e desajustado.

Para o centrista, apesar das discordâncias, as objeções levantadas podem ser “facilmente resolvidas no trabalho parlamentar” e a bancada do CDS-PP vai agir à semelhança do que aconteceu após a declaração de inconstitucionalidade da lei de estrangeiros.

“Iremos apresentar soluções para resolver as questões que foram suscitadas e estamos convencidos que, como o CDS sempre defendeu desde o início deste processo, que, no final, teremos uma lei da nacionalidade mais exigente e uma lei da nacionalidade que determine, de facto, uma ligação mais efetiva à cultura portuguesa e a Portugal”, afirmou.

Após o TC ter considerado inconstitucionais várias normas do decreto referente à revisão da lei dos estrangeiros, PSD e CDS alteraram no parlamento essas normas declaradas não conformes à Lei Fundamental.

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