Com a aproximação do Natal, volta a crescer a tradição de montar o Presépio e, com ela, a procura por musgo natural para dar um toque mais autêntico à decoração. No entanto, o que muitos desconhecem é que a recolha de musgo pode ter consequências legais e ambientais sérias.
Várias espécies encontram-se protegidas por lei e a sua apanha é considerada uma infração ambiental. De acordo com a legislação em vigor, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 38/2021, de 31 de maio, estas práticas podem ser classificadas como contraordenações ambientais graves e, em situações mais extremas, configurar crime ambiental, sobretudo quando causam danos relevantes na flora ou em habitats protegidos.
Nas áreas classificadas e protegidas, a recolha de musgo é totalmente proibida. Já fora destes espaços, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) tem vindo a apelar à população para que evite esta prática. Apesar de discreto, o musgo desempenha um papel essencial nos ecossistemas: ajuda a reter a humidade do solo, previne a erosão, serve de abrigo a pequenas espécies e é um importante indicador da qualidade ambiental.
Também a GNR se associou a este alerta, utilizando as redes sociais para sensibilizar os cidadãos para a importância de proteger esta planta e respeitar a legislação.
Para manter o espírito natalício sem prejudicar a natureza, a recomendação passa por optar por alternativas sustentáveis, como musgo artificial, cortiça, serradura tingida ou outros materiais naturais reutilizáveis. Pequenas escolhas conscientes fazem a diferença — e permitem celebrar o Natal de forma mais responsável e amiga do ambiente.
PUBLICIDADE
