O julgamento do deputado do Chega Pedro Frazão, acusado de um crime de difamação agravada com publicidade por publicações feitas nas redes sociais contra o agora coordenador do Bloco, José Manuel Pureza, começa hoje, em Lisboa.
De acordo com a acusação do Ministério Público a que a Lusa teve acesso, o deputado Pedro Frazão publicou na rede social ‘Twitter’ um vídeo de “uma jovem militante/simpatizante do Bloco de Esquerda, em que esta refere, em súmula, ter sido vítima de actos sexuais não consentidos por parte de indivíduo ligado ao referido Partido”.
A acompanhar o vídeo, o deputado Pedro Frazão escreveu: “Já não há Pureza no Bloco de Asquereza? #MeToo”. E questionou ainda, num comentário: “quem será o nojento de 62 anos?”.
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A publicação foi feita em 2021, ano em que José Manuel Pureza ocupava o cargo de vice-presidente da Assembleia da República e era deputado eleito pelo Bloco de Esquerda.
Para o Ministério Público, Pedro Frazão “tinha perfeita consciência” de que José Manuel Pureza “pertencia aos órgãos do Bloco de Esquerda, que havia sido eleito deputado por aquele partido e que tinha 62 anos de idade”.
Além disso, defendeu o Ministério Público, Pedro Frazão “estava ciente que as palavras que escreveu, por terem sido publicadas em conta em rede social (…) eram passíveis de ser visualizadas por um público alargado” e que lançou a suspeita da prática de um possível crime contra a liberdade e autodeterminação sexual.
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