A sua cozinha pode ser o coração da casa, mas há um detalhe que poucos imaginam: no centro das tarefas diárias, escondida em plena vista, vive aquilo que especialistas descrevem como uma verdadeira “bomba microbiológica”. Chama-se esponja de cozinha — sim, aquela que usas todos os dias sem pensar duas vezes.
Pequena, colorida, sempre húmida e aparentemente inofensiva, ela é, segundo um estudo publicado no Journal of Environmental Health, o objeto mais contaminado de uma casa comum. Uma esponja húmida pode concentrar mais bactérias por centímetro cúbico do que uma sanita, incluindo espécies potencialmente perigosas como Salmonella, E. coli e Staphylococcus aureus.
O microbiologista Markus Egert, citado pelo Jerusalem Post, descreve o fenómeno sem rodeios: “as esponjas são o local perfeito para os microrganismos — especialmente as bactérias — se multiplicarem de forma explosiva”. E o mais inquietante é que a maior parte das pessoas continua a utilizá-las para lavar talheres e pratos, acreditando que a aparência ou o cheiro são suficientes para avaliar a limpeza.
PUBLICIDADE
Para enfrentar esta ameaça invisível, investigadores apontam uma medida tão eficaz quanto prática: ferver a esponja da cozinha uma vez por semana. Cinco minutos num tacho a borbulhar são suficientes para eliminar até 99% dos microrganismos, pode ler-se na Magazine.
Não é uma solução definitiva — algumas espécies resistentes podem sobreviver — mas funciona como um importante reforço de higiene entre substituições.
O mito de que “se não cheira mal, está limpa” cai por terra perante a ciência: mesmo uma esponja aparentemente perfeita pode esconder milhões de bactérias. A fervura não substitui a troca regular, mas reduz significativamente o risco de contaminação cruzada e ajuda a proteger a saúde da tua família.
A mensagem final é simples: não subestimes o que não vês. Uma esponja pode ser pequena — mas o perigo que esconde não é. Ferve-a.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
