Crimes

Nova burla perigosa no WhatsApp (e a mensagem é inocente)

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 hora atrás em 08-12-2025

Está a circular na Europa um novo esquema fraudulento através do WhatsApp, que utiliza mensagens enviadas por contactos conhecidos para enganar utilizadores e roubar contas. A fraude, conhecida como “Vote no meu filho”, ainda não foi detetada em Portugal, mas está a alastrar rapidamente na Alemanha, Áustria, Itália, Polónia, Roménia e República Checa.

A burla tira partido da confiança entre familiares e amigos, apelando à ajuda num suposto concurso infantil. Mas o objetivo é apenas um: levar a vítima a entregar, sem perceber, o código de verificação do WhatsApp, permitindo que os criminosos assumam o controlo da conta, descreve a DECO PROteste.

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A vítima recebe uma mensagem de alguém que conhece, pedindo para “votar no filho” através de um link aparentemente legítimo. Quando a pessoa tenta votar:

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  1. É redirecionada para um site falso com aspeto profissional.
  2. O site pede o número de telemóvel para enviar um código.
  3. No mesmo momento, os burlões tentam registar o WhatsApp da vítima noutro telemóvel.
  4. O código de seis dígitos enviado por SMS — supostamente para o voto — é, na verdade, o código de acesso ao WhatsApp.
  5. Ao introduzi-lo no site, o utilizador envia-o diretamente ao criminoso.
  6. A conta é imediatamente roubada.

Com acesso ao WhatsApp, os burlões repetem o golpe com todos os contactos da vítima e podem ainda pedir pequenas quantias em dinheiro usando métodos já conhecidos, como a burla “Olá mãe, olá pai”.

Mesmo utilizadores experientes podem cair no esquema, porque a mensagem chega de alguém de confiança e envolve o pedido inocente de ajudar uma criança.

As autoridades e especialistas recomendam: ativar a verificação em dois passos no WhatsApp (obriga a PIN extra); nunca partilhar códigos recebidos por SMS ou e-mail; confirmar pedidos duvidosos por chamada telefónica e evitar clicar em links suspeitos, mesmo enviados por amigos.

A burla “Vote no meu filho” é mais uma evolução das clássicas fraudes de engenharia social. A regra de ouro continua a ser a mesma: desconfie, verifique e nunca partilhe códigos.

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