Saúde
Depois de saber isto, nunca mais vai olhar para o seu umbigo da mesma forma
Imagem: depositphotos.com
Todos os anos, milhares de pessoas recorrem ao Google para fazer a mesma pergunta: “Porque é que o meu umbigo cheira mal?” A resposta, segundo especialistas e investigadores, é simples — bactérias — mas a ciência por detrás deste fenómeno revela muito mais sobre o corpo humano do que se imagina.
O umbigo é um microambiente quente, húmido e fechado, condições ideais para a proliferação de micróbios. Alimentam-se de células mortas da pele, óleos e suor, libertando compostos voláteis responsáveis pelo odor. Uma vez que os humanos evoluíram para identificar rapidamente cheiros associados à decomposição ou infeção, estes odores tornam-se particularmente evidentes.
Um estudo pioneiro sobre o microbioma do umbigo, conduzido por investigadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte, demonstrou a impressionante diversidade biológica presente nesta pequena zona do corpo. Ao analisarem 60 amostras recolhidas em festivais de ciência nos EUA, os cientistas identificaram mais de 2300 espécies bacterianas, das quais cerca de 1400 poderão ser completamente novas para a ciência, segundo noticiou a National Geographic.
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A diversidade era tão grande que alguns participantes apresentavam bactérias extremamente raras, incluindo uma espécie previamente encontrada apenas em solo japonês — isto apesar de a pessoa em questão nunca ter viajado para o estrangeiro.
Na maioria dos casos, o odor do umbigo é inofensivo e pode ser resolvido com lavagem regular com água morna e sabão, seguida de uma secagem completa.
No entanto, mesmo um umbigo bem higienizado pode, por vezes, esconder surpresas. Os médicos alertam para os onfalolitos — massas escuras e endurecidas compostas por pele morta, pelos e sebo. Embora não representem perigo, precisam de ser removidos para evitar irritação e persistência do odor.
Já odor persistente, dor ou corrimento podem ser sinais de problemas médicos. Entre os mais comuns estão:
- Infeções fúngicas, muitas vezes provocadas por crescimento excessivo de Candida, facilmente tratáveis com cremes antifúngicos.
- Quistos, que podem variar entre quistos benignos resultantes de células da pele aprisionadas e quistos uracais — raros remanescentes da anatomia fetal que podem produzir líquido.
Profissionais de saúde reforçam que a melhor forma de evitar o mau cheiro é também a mais básica:
lavar regularmente o umbigo e garantir que fica completamente seco.
Num dos microambientes mais negligenciados do corpo humano, a prevenção continua a ser a estratégia mais eficaz para manter o equilíbrio — e o cheiro — sob controlo.
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