Política

Seguro diz em Coimbra que alterações à lei laboral vão contra a paz social necessária

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 05-12-2025

 O candidato presidencial António José Seguro afirmou hoje não encontrar qualquer justificação para as alterações à legislação laboral que o Governo pretende fazer, considerando que vão contra a paz social que o país precisa.

“Eu não encontro nenhuma razão para se fazer uma alteração à legislação laboral, que só vem trazer precisamente o contrário da paz social que é necessária”, disse o candidato.

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O antigo secretário-geral do PS respondia a perguntas dos jornalistas sobre as declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que considerou hoje que a greve geral, marcada para dia 11, “não faz sentido”, reiterando que há motivações políticas na sua convocatória.

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Para António José Seguro, o país “precisa de estabilidade política e também precisa de paz social”, aconselhando o Governo a focar-se naquilo “que realmente é necessário”.

“É necessário que haja uma economia mais competitiva, que haja melhores salários, que se acabe com a desigualdade salarial entre homens e mulheres, que se incentivem os jovens a trabalharem e a ficarem no nosso país”, disse.

Segundo o candidato presidencial, as discussões devem ser do “século XXI”, centradas na perspetiva de uma economia “mais competitiva e mais virada para o futuro”, e não em torno de discussões “do século passado”.

Questionado sobre a possibilidade da Vasp – Distribuição e Logística poder suspender a distribuição de jornais em oito distritos do país, António José Seguro considerou que o interior “não pode ficar sem jornais”, defendendo que devem ser encontrados meios e recursos para que as publicações possam chegar a essas regiões do país.

“Quem tanto se comove no verão, quando há incêndios no interior de Portugal, a dizer que precisamos de ajudar o interior, que cumpra agora com a sua palavra”, disse.

António José Seguro falava aos jornalistas no café Santa Cruz, em Coimbra, onde recebeu o apoio da antiga ministra da Coesão Territorial e atual presidente da Câmara Municipal (eleita numa coligação liderada pelo PS), Ana Abrunhosa.

O candidato vincou que tem colhido “bastantes apoios” e que ainda haverá “muitas surpresas de apoios” até ao dia das eleições presidenciais, 18 de janeiro de 2026.

Ana Abrunhosa disse aos jornalistas que António José Seguro tem características importantes para o momento que o país atravessa, nomeadamente “a ponderação e o bom senso”, numa altura em que “dificilmente” voltará a haver maiorias absolutas no Parlamento.

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