Durante décadas, muitos pais repetiram o aviso clássico: “Pára de cruzar os olhos, ainda te ficam assim para sempre!”
Mas, segundo especialistas, esse receio não tem fundamento. A optometrista canadiana Meenal Agarwal explica que cruzar os olhos voluntariamente é inofensivo e não provoca estrabismo permanente.
“Pode cruzar os olhos à vontade e sem medo”, garante Agarwal à Popular Science. “Nada de mau lhe vai acontecer.”
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Os olhos movem-se graças a seis músculos que permitem olhar para cima, para baixo, para os lados e, claro, aproximar ambos os olhos quando queremos fazer a típica “careta”. O movimento de cruzar os olhos depende principalmente do músculo reto medial, presente em cada olho e responsável por puxar a pupila em direção ao nariz.
Segundo Agarwal, contrair estes músculos simultaneamente não altera a anatomia do olho, e portanto não há risco de deformação ou alteração permanente.
A optometrista destaca, contudo, que há uma grande diferença entre cruzar os olhos de propósito e ter um desvio involuntário, que pode ser sinal de problemas de visão ou até de saúde neurológica.
Agarwal lembra que muitos problemas neurológicos e sistémicos manifestam-se através dos olhos.
Por isso, desvio involuntário ou súbito deve ser sempre avaliado por um médico.
Se a questão for apenas cruzar os olhos para fazer graça, a optometrista deixa a garantia final: “Nada de mau vai acontecer. Os olhos não ficam presos.”
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