Coimbra

Bolha dos médicos tarefeiros vai rebentar “mais tarde ou mais cedo”

António Alves | 25 minutos atrás em 28-11-2025

Bastonário da Ordem dos Médicos considera que o Ministério da Saúde precisa de “fazer uma atualização dos seus conhecimentos”.

Carlos Cortes referiu que a terapêutica aplicada pelo Governo para o setor não é a mais adequada. Em entrevista ao Notícias de Coimbra, o especialista afirmou que, caso fosse o responsável por um doente no serviço de urgências, seria um “péssimo” médico.

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E explicou: “porque não está a fazer o seu trabalho, não está a fazer o trabalho adequado para, em primeiro lugar, e isto é importante, e foi falado até aqui durante a manhã, fazer um diagnóstico”. O bastonário afirmou que é necessário, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico da situação solicitando a realização de exames complementares (usando a nomenclatura médica).

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“O Ministério da Saúde não está a fazer isto”, frisou, usando o exemplo dos médicos tarefeiros. Ou seja, “nós percebemos que, em Portugal, quase metade dos médicos são prestadores de serviço. E isso tem um significado. Significa que o impacto que os prestadores de serviço têm no SNS é muito grande”.

Sobre as razões que levaram a esta situação, o bastonário lamenta que o ministério (atual e anteriores) tenham permitido a criação desta bolha que, “mais tarde ou mais cedo irá rebentar”.

“O problema é que esses médicos não estão integrados no SNS, não estão integrados nas equipas, não fazem parte da cadeia de comando, da hierarquia dessas equipas. (…) Trabalham de forma autónoma, mas depois não têm um vínculo de proximidade, uma ligação com o SNS. E isso é que está profundamente errado”, disse.

Veja o Direto NDC com Carlos Cortes

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